Análise de nomes pessoais Gbari: como ato comunicativo e retórico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/odal.v5i1.33254

Palavras-chave:

nomes pessoais Gbari, padrões discursivo-retóricos, cristianismo, Islã, Nigéria

Resumo

Este artigo apresenta uma análise de atos comunicativos e padrões retóricos de Nomes Pessoais Gbari, doravante GPN, do Gbari do Centro-Norte da Nigéria. Usando um corpus de pequeno porte de cem (100) GPNs, a metodologia adotada emprega uma estrutura concatenada que adapta e ajusta elementos principalmente da Teoria do Ato de Fala de Austin (1962) e da Crença Contextual Mútua de Bach e Harnish (1979) a fim de combinar insights comunicativos e retóricos sobre a análise de GPNs. A coleta de dados consistiu em extrair uma amostra da população do estudo usando o método de entrevista quase formal para obter informações dos entrevistados do Território da Capital Federal, Abuja-Nigéria, que compreende três dos cinco Conselhos de Área onde os Gbari são majoritários, a saber: (1) Gwagwalada, (2) Kwali e (3) Kuje. Os resultados da pesquisa empreendida indicam que o sistema GPN é agora altamente produtivo. Novos GPNs que nunca foram produzidos podem ser construídos, especialmente com base nos nomes pessoais teofóricos atuais de Gbari, com os quais muitos cristãos Gbari podem (re)construir nomes correspondentes mediante recurso ao sistema de afixação, como Sokwo-gaa+ She-kwo-nu-che-sayi = Sokwo-nu-che-sayi/Somente Deus dá um testemunho. Este nome, provavelmente ainda não é um nome pessoal Gbari real: assim como muitas variações de nomes pessoais, trata-se de nomes pessoais Gbari em potencial. Além disso, o reposicionamento morfossintático ou deslocamento do sujeito NP (She-kwo) de muitos nomes de sentenças de Gbari para as posições intermediárias ou finais e/ou sua substituição por outras classes gramaticais ou mesmo NPs são possíveis; portanto, muito mais GPNs poderiam ser gerados. Consequentemente, os resultados da pesquisa indicam também que há tanto um ressurgimento quanto um declínio do GPN; um ressurgimento devido, principalmente, aos cristãos Gbagyi que quase completamente são os portadores dos nomes Gbagyi-pessoais, bem como dos sobrenomes, enquanto, para os muçulmanos Gbagyi, há uma obliteração quase completa dos nomes  Gbagyi.

Referências

Adler, M. K. (1978). Naming and Addressing: A Sociolinguistic Study. Hamburg: Buske.

Aristotle. (2007). On Rhetoric: A Theory of Civic Discourse. 4 cent. BCE. 2nd ed. trans. George A. Kennedy. New York: Oxford UP

Austin, J. L. (1975). How to do Things with Words. Cambridge: Harvard University Press.

Bach,K and Robert Harnish.(1979).Linguistic Communication and Speech Acts. Cambridge: MIT Press.

Bardis, P. D. (1972). Social Aspects of Personal Onomastics among the Ancient Hebrews. Social Science, (2), 100.

Blench,R.(1989b).New Benue-Congo: A Definition and Proposed Internal Classification. Afrikanistiche Arbeitspapiere, 17:115-47

Chuks-Orji, 0. (1972). Names from Africa: Their origin, meaning, and pronunciation. Chicago: Johnson.

Cruse, D. A. (2011). Meaning in Language: An Introduction to Semantics and Pragmatics. Oxford : Oxford University Press

Diko, Ishaku Baraje. (1997). Gbagyi Anyibesisi.Minna: Ajiboye Printer Ltd.

FitzGerald, William. Spiritual Modalities: Prayer as Rhetoric and Performance. (2014).London: Republican,

Gwamna, Dogara Je-Adayibe.(1996).Gbagyi Names: Religious and Philosophical Connotations. Jos-Nigeria: Gbagyi Vision Publications/Department of Religious Studies, University of Jos.

Levinson, Stephen. (1983). Pragmatics. Cambridge: University Press.

Lindquist, Julie. (2007). ‘‘Working-class Rhetoric as Ethnographic Subject’’. In W. DeGenaro (ed.), Who Says? Working-class Rhetoric, Class Consciousness. New York: University Press

Marcus, M. G. (1976). Power of a name. Psychology Today, 10, 75.

Plato (380 BCE). (1952) Gorgias. Trans. W.C. Hembold. New York: MacMillan,

--- (370 BCE). Phaedrus. Trans. H. N. Fowler. London: Bizzell and Herzberg.

Rosendall, Heidi James. (1992) A Phonological Study of Gwari Lects. Dallas,TX: Summer Institute of Linguistics

Searle, J. R. (1999). Speech Acts: An Essay in the Philosophy of Language. Cambridge: Cambridge University Press.

Schneider, M. (2009). "What's My Name?" Toward a generative Anthroponomastics. Anthropoetics: The Journal of Generative Anthropology, 15(1), 1-6.

Shankle, G. E. (1976). American Nicknames: Their Origin and Significance. New York: Wilson. (Original work published 1955)

Smith, E. C. (1950). The Story of Our Names. New York: Harper.

Stewart, G. K. (1979). American Given Names: Their Origin and History in the Context of the English Language. New York: Oxford University Press.

Williamson, Kay. (1989). ‘Niger-Congo Overview’ in The Niger Congo Languages, Ed. by John Bendor- Samuel, 246-274. University Press of America.

Yonge, C. M. (1966). History of Christian Names. London: Macmillan.

Yule, George. (1985). The Study of Language. Cambridge: Cambridge University Press,

Zabeeth, F. (1968). What is in a Name? An Inquiry into the Semantics and Pragmatics of Proper Names. The Hague: Martinus Nijhoff.

Zweigenhaft, R. L. (1981). Unusual Names and Uniqueness. Journal of Social Psychology, 114, 297-298.

Downloads

Publicado

07-06-2024

Como Citar

ADEYANJU, A. Análise de nomes pessoais Gbari: como ato comunicativo e retórico. Onomástica desde América Latina, [S. l.], v. 5, n. 1, p. 1–28, 2024. DOI: 10.48075/odal.v5i1.33254. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/onomastica/article/view/33254. Acesso em: 26 jun. 2024.