O PACTO AMBÍGUO DA AUTOFICÇÃO COMO ATO INTENCIONAL E DURATIVO
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v17i29.25878
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Palavras-chave:
Autoficção. Pacto de leitura. Ficção. Intencionalidade.Resumo
O presente estudo focaliza o conceito de pacto de leitura, ou contrato, em sua aplicação à autoficção. O pacto ambíguo, de Alberca, que agrupa de modo eficiente as noções de pacto autobiográfico e romanesco, de Lejeune, quando atreladas a uma mesma modalidade de narrativa, pode ser visto a partir do pacto que o autor faz com seu leitor-ideal, conforme Iser. Tais concepções de pacto encontram um respaldo linguístico nas noções de ficção de Searle, que enxerga nela uma suspensão de convenções do discurso que tenciona ser apreendida como narrativa do real. Percebe-se, no entanto, que as concepções de pacto de leitura ora atentam para a configuração da obra como gênero e fazem com que aquele repouse sobre o paratexto, ora atentam para o conteúdo dela e fazem com que ele ocorra no decorrer da leitura. Conclui-se, aqui, que o pacto ambíguo necessita do paratexto, do gênero, para ser estabelecido como ficção, mas a natureza autobiográfica só pode ser percebida através da duração da leitura, ou seja, os dois planos de leitura fixados por Iser constituem uma forma mais segura de compreensão desse pacto, que é forma convencionada de jogo.Downloads
Publicado
02-07-2021
Como Citar
SILVA, E. R. O PACTO AMBÍGUO DA AUTOFICÇÃO COMO ATO INTENCIONAL E DURATIVO. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 17, n. 29, p. 08–26, 2021. DOI: 10.48075/rlhm.v17i29.25878. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/25878. Acesso em: 12 abr. 2025.
Edição
Seção
PESQUISA EM LETRAS NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO E LITERATURA, ENSINO E CULTURA
Licença
Copyright (c) 2021 Revista de Literatura, História e Memória

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