Políticas da enunciação:

horror, ficção e memória em Fuocoammare, de Gianfranco Rosi

Autores

  • Dino Schwaab Mestrando em Literatura Comparada, UNILA

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v18i32.28304

Resumo

O artigo propõe pensar as políticas da enunciação presentes no filme Fuocoammare (2016) do cineasta italiano Gianfranco Rosi. Retomando os diferentes trabalhos feitos em relação à Shoa, trata-se de pensar como se dão as relações entre horror, memória e ficção no filme. Para isso, será central a análise do procedimento de enunciação presente em Fuocoammare, pois nós entendemos que é ali onde ficam evidentes as políticas da enunciação, ou seja, os modos em que o filme convoca à memória traumática e os modos nos quais nos faz ver o horror de um presente. Veremos que em Fuocoammare os modos de tratar e de mostrar a situação dos migrantes que tentam chegar à Europa em condições de precariedade extrema, se dão a partir da produção de uma distância, possível graças ao registro ficcional, que desarticula modos de recepção do horror habituais, como aqueles que se dão na espetacularização midiática da realidade, onde é experimentado como um “gozo sem riscos”.   

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Publicado

24-01-2023

Como Citar

SCHWAAB, D. Políticas da enunciação:: horror, ficção e memória em Fuocoammare, de Gianfranco Rosi. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 18, n. 32, 2023. DOI: 10.48075/rlhm.v18i32.28304. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/28304. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

PESQUISA EM LETRAS NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO E LITERATURA, ENSINO E CULTURA