A demonização do pensamento científico
uma leitura do Informe sobre ciegos, de Ernesto Sabato
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v18i32.28807Resumo
Para o escritor argentino Ernesto Sabato (1911-2011) a alma seria o verdadeiro domínio da ficção. Daí sua necessidade de expor o que vai na mente de seus personagens, explorando seus medos, angústias e preocupações. Sabato não acreditava em apenas descrever o que se passava no mundo, para ele, era preciso dissecar ideias e sentimentos, buscando uma espécie de transcendência que explorasse os limites da existência humana. Esse movimento aparece em seus três romances, ganhando destaque em Informe sobre ciegos, inicialmente um capítulo de Sobre héroes y tumbas (1961), que assumiu tal importância e interesse que muitas editoras argentinas passaram a publicá-lo de forma independente. Assim, por tratar-se de um texto fundamental na narrativa sabatiana, neste artigo será analisado o Informe sobre ciegos procurando estabelecer ligações com os elementos que surgem do exame da sua ensaística, em especial, as concepções do autor sobre ciência e literatura. Para fundamentar essa análise são utilizados como referência, além de parte da fortuna crítica do autor, alguns dos ensaios escritos por Sabato.
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