“Porque existe o direito ao grito. Então eu grito”

o grito na obra de Marguerite Duras e Clarice Lispector

Autores

  • Pâmela Nogarotto UFPR

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v18i32.28899

Resumo

Este ensaio pretende pensar o corpo e o grito que dele emana na obra de Marguerite Duras e Clarice Lispector, mais detidamente no poema As mãos negativas (1997) e na narrativa Água viva (1973). Para tanto, apossa-se da distinção feita por Maurice Merleau-Ponty entre o grito e a poesia, uma vez que esta última “em lugar de dissipar-se no instante mesmo em que se exprime [como o grito], encontra no aparato poético o meio de eternizar-se” (1945[1999]). Do filósofo francês, o trabalho incorpora ainda a ideia de um corpo sensível, bem como toma reflexões de Roland Barthes para propor a leitura de um corpo poético. Em suma, busca tecer apontamentos sobre o grito como pré-linguagem, antes da primeira palavra e como pós-linguagem, quando não restam palavras. O grito como a continuação do corpo fora do corpo. Tenciona, por fim, apontar que espécie de grito perpassa a escritura das autoras. 

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Publicado

24-01-2023

Como Citar

NOGAROTTO, P. “Porque existe o direito ao grito. Então eu grito”: o grito na obra de Marguerite Duras e Clarice Lispector. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 18, n. 32, 2023. DOI: 10.48075/rlhm.v18i32.28899. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/28899. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

PESQUISA EM LETRAS NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO E LITERATURA, ENSINO E CULTURA