Reflexões sobre o feminismo chileno na escrita autoficcional de Isabel Allende
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v18i31.28987Resumo
Com relação às literaturas de autoria feminina produzidas na América Latina, teóricas como Márcia Hoppe Navarro (1995) e Sara Beatriz Guardía (2013) destacam Isabel Allende por ser uma das primeiras escritoras a serem reconhecidas, ainda na década de 1980 – tanto em número de exemplares vendidos quanto em elogios por parte da crítica literária. Como elemento essencial de sua escritura, Allende busca recontar histórias de mulheres por meio da ficção, colocando-as não apenas como personagens, mas também como narradoras. Além disso, a produção allendiana é composta por obras narradas em primeira pessoa, nas quais há o uso da escrita literária para analisar e opinar sobre distintos tópicos, como as condições sociais das mulheres na América Latina. Nesse sentido, o artigo pretende analisar comparativamente as obras Mi país inventado (2013) e Mujeres del alma mía (2020), partindo do conceito de autoficção, criado por Serge Doubrovsky em 1977, e analisado pelas teóricas brasileiras Eurídice Figueiredo (2010) e Anna Faedrich (2014; 2016). O estudo buscou identificar convergências e divergências na configuração (auto)ficcional da mulher em ambas as obras, além de considerar as mudanças sociais que ocorreram no Chile, no período pós-ditatorial, a partir do ano de 1990, e após as manifestações feministas que ocorreram entre 2018 e 2019. Para isso, o embasamento teórico se apoiou em Verónica Feliu (2009); Valentina Saavedra e Javiera Toro (2018); Catherine Reyes-Housholder e Beatriz Roque (2019), que investigam o papel e a condição das mulheres chilenas após os períodos citados, além da influência dos movimentos feministas no país.
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