Histórias apagadas pela ditadura militar
uma análise do conto "Joana", de Bernardo Kucinski
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v20i35.31766Resumo
A Ditadura Militar ocorrida no Brasil é lembrada como um dos episódios mais marcantes no que tange à repressão, à censura e ao assassinato de inocentes do país. Nesse contexto, muitos foram os sujeitos que tiveram suas vidas apagadas, permanecendo apenas nas memórias dos que sobreviveram. Neste trabalho, realiza-se a análise do conto “Joana”, de Bernardo Kucinski, uma narrativa curta contemporânea que trata da busca de uma mulher por seu marido, vítima da Ditadura Militar no Brasil. Objetiva-se identificar os recursos estéticos adotados para representar o sofrimento de sujeitos anônimos que, de alguma forma, foram violentados durante este período ditatorial no país, além de perceber as aproximações entre literatura e História. Para sustentar a análise, são utilizados estudos de Paul Ricoeur (1997), Márcio Seligmann Silva (2003) e Linda Hutcheon (1991). Com o estudo, foi possível perceber que narrativas curtas como esta elaboram literariamente a construção de uma História que evidencia uma visão mais humana e sensível de situações vividas em contextos autoritários, dando voz a personagens e experiências anônimas, excluídas da História oficial. O conto evidencia, na sua estrutura, uma construção que se assemelha a uma História de amor, narrado linearmente por um personagem que observa, a certa distância, a dor e a resistência de uma viúva de uma vítima da Ditadura Militar brasileira.
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