Com licença para o gesto, para o desejo e para a intranquilidade
possíveis diálogos entre Ana Paula Tavares e Adélia Prado
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v21i38.34021Resumo
Partindo de uma premissa enunciada por Maria Nazareth Soares Fonseca (2004), segundo a qual a literatura desenvolvida por autoras africanas se assemelha àquela elaborada em meios culturais onde, tal como no Brasil, a figura da mulher permanece socialmente marginalizada, este trabalho tem por objetivo propor um diálogo entre as poéticas de Ana Paula Tavares, escritora angolana, e Adélia Prado, escritora brasileira, de modo a enfatizar aproximações no que tange à abordagem de subjetividades femininas. Nesse sentido, serão analisados, em paralelo, três poemas de cada autora, respectivamente, a saber: “Rapariga”, “MUKAI (2), “Ex-voto”, “Com licença poética”, “Solar” e “Lembrança de maio”. Por intermédio de uma leitura dessas produções, visamos demarcar pontos de convergência entre percepções sobre mulheres que, no âmago de vivências cotidianas com paradigmas sociais bem definidos, insinuam possibilidades amplas e inesperadas de interação com o mundo. Embora algumas dessas possibilidades atravessem conjunturas tradicionalmente definidas, o que, principalmente nos textos de Tavares, mostra-se significativo para a preservação de memórias ancestrais, a maioria aponta para alternativas outras, dilatando as fronteiras de um espaço sócio-existencial. Dessa forma, mediante diversas pesquisas já realizadas sobre as obras das poetas, serão discutidos, entre outros aspectos, aqueles vinculados às potencialidades do gesto e do erotismo rumo à complexificação de expressões corporais e identitárias.
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