Contribuições da Carta da Escrava Esperança Garcia para o debate das relações étnico-raciais no contexto escolar
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v21i38.34953Resumo
Este artigo realiza uma análise exploratória da Carta da Escrava Esperança Garcia (1770), um documento histórico de grande importância escrito por Esperança Garcia, uma mulher negra escravizada no Piauí do século XVIII. A carta, endereçada ao Governador da Província, denuncia os abusos sofridos por ela e outros escravizados, revelando as condições desumanas e o sistema opressor racial da época. Além de relatar os maus-tratos, o documento representa uma manifestação de resistência e uma reivindicação de direitos, destacando o protagonismo de Esperança Garcia em um período marcado pela exploração e pela violência. O estudo fundamenta-se nas teorias de colonialidade e racismo estrutural propostas por autores como Mignolo, Munanga, Guimarães e Quijano, que analisam o silenciamento de vozes negras e as práticas de exclusão racial historicamente construídas. A pesquisa examina como essas práticas coloniais ainda ecoam no ambiente escolar contemporâneo, perpetuando preconceitos e desigualdades através da exclusão de narrativas afro-brasileiras. Ao analisar a trajetória de Esperança Garcia e a relevância de sua carta, o artigo busca promover reflexões sobre o impacto das heranças coloniais nas práticas pedagógicas atuais e a necessidade de incorporar temas afro-brasileiros no currículo escolar, contribuindo para o reconhecimento e a valorização das histórias e identidades negras no Brasil.
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