Entre a história e o mito
representações discursivas de Chica da Silva
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v21i38.35824Resumo
Este artigo faz um estudo do romance histórico Xica da Silva, de João Felício dos Santos, obra que permite investigar a imagem enviesada que se constituiu no imaginário social brasileiro sobre a mulher negra. O objetivo é analisar a figura histórica de Chica da Silva em contraponto à personagem tecida no romance, considerando-se o resgate de memórias discursivas. Para isso, tem-se como ponto de partida pesquisa bibliográfica fundamentada nas produções de Júnia Furtado (2003), Eni Orlandi (2005), Michel Pêcheux (1995), Abdias Nascimento (1978) e Frantz Fanon (2008). São discutidos conceitos da Análise do Discurso e as imagens estereotipadas sobre a mulher negra no ideário do Brasil. Faz-se também uma ponderação sobre Chica da Silva e a personagem ficcional Xica da Silva, em uma aproximação entre história e literatura. Conclui-se que os estereótipos criados em torno de Chica da Silva estão ligados às fortes raízes eurocêntricas sobre as quais o Brasil se constituiu e que ainda sobrevivem nas memórias discursivas. O tema proposto possibilita uma reflexão sobre a questão do ser mulher negra no Brasil, com base em uma figura histórica que ultrapassou as barreiras do tempo. Esse estudo pode instigar debates em torno da desconstrução de estereótipos, para uma sociedade mais justa e igualitária. Nesse intuito, entre a ficção e a história, tratou-se da Cinderela Negra do Arraial do Tejuco, a Chica da Silva.
Palavras-chave: Romance histórico. Chica da Silva. Análise do Discurso. Racismo.
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