Pode Carolina Maria De Jesus falar?

Literatura de autoras negras, subalternidade e (r)existência da negritude (in)visível no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v21i38.35862

Resumo

O presente texto situa a obra de Carolina Maria de Jesus no contexto da literatura marginal e dos estudos subalternos, perpassando questões associadas à linguagem, à cultura e a representatividade de sua obra apresentando, também, reflexões acerca da repercussão ocorrida durante e depois da publicação de Quarto de Despejo: diário de uma favelada. A partir disso, o trabalho objetiva analisar a trajetória de Carolina Maria de Jesus, situando-a junto a alguns aspectos sócio-históricos e culturais que demarcam a elaboração estética de sua obra e, sobretudo, sua figura, enquanto mulher negra, em um contexto ainda predominantemente marcado por um discurso colonialista e excludente. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, de cunho exploratório, realizado por meio dos procedimentos técnicos da pesquisa bibliográfica. A análise evidencia a necessidade de reconstrução do imaginário social sobre a figura da mulher negra na literatura brasileira, instituindo, assim, um lugar para a literatura marginal, ato que, do ponto de vista epistemológico, pode ser interpretado como uma tentativa de contribuição para o rompimento com o discurso hegemônico, uma busca de reconhecimento e de valorização social, pincelando novas páginas sociais que afirmem a representação dos afrodescendentes na literatura brasileira.

Biografia do Autor

Francisco Renato Lima

Graduado em Pedagogia pela Faculdade Santo Agostinho (PROUNI - FSA) e em Letras - Português pelo Instituto de Educação e Tecnologias (INET). Especialista em Neuropsicopedagogia Clínica e Educação Especial (IESM). Especialista em Docência para o Ensino Superior (IESM). Especialista em Educação a Distância (UNOPAR). Especialista em Docência no Ensino Superior (FSA). Mestre em Letras - Estudos da Linguagem, pela Universidade Federal do Piauí (UFPI/2016). É membro (sócio efetivo) da ABRALIN (Associação Brasileira de Linguística). Suas pesquisas recentes concentram-se em Educação e Linguagem, com ênfase em temas como: Alfabetização; Letramento: estudos em perspectiva de análise teórica e em práticas sociais localizadas; Linguística Textual; Leitura e Escrita; Ensino e Aprendizagem da Língua Portuguesa; Avaliação Educacional; Dificuldades de Aprendizagem; Formação Docente; Tecnologias educacionais; Multiletramentos e questões relativas à EaD. Com experiência profissional na rede privada e pública de ensino básico e superior em cursos de formação de professores, dentre eles, o PARFOR/UFPI.

Éderson Luís da Silveira, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Doutor e Mestre em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professor Adjunto da na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Coordenador do Centro de Línguas da UFFS - Campus Laranjeiras do Sul/PR.

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Publicado

09-12-2025

Como Citar

LIMA, F. R.; SILVEIRA, Éderson L. da. Pode Carolina Maria De Jesus falar? : Literatura de autoras negras, subalternidade e (r)existência da negritude (in)visível no Brasil. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 21, n. 38, 2025. DOI: 10.48075/rlhm.v21i38.35862. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/35862. Acesso em: 13 dez. 2025.

Edição

v. 21 n. 38 (2025): “Quem tá falando?” representações ficcionais dos afrodescendentes na literatura brasileira

Seção

“QUEM TÁ FALANDO?” REPRESENTAÇÕES FICCIONAIS DOS AFRODESCENDENTES NA LITERATURA BRASILEIRA

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