Do dilúvio à resistência: histórias conectadas e a análise da experiência da luta contra a construção da Barragem de Itapiranga/SC (1978 – 1991)
DOI:
https://doi.org/10.36449/rth.v27i1.30148Palavras-chave:
Atingidos por barragens; Barragem de Itapiranga; História global; Resistência Social.Resumo
O presente artigo analisa o processo de resistência de comunidades rurais ao projeto de construção da barragem no município de Itapiranga/SC. O estudo utiliza a abordagem da História Global para compreender a conexão/interação do movimento de resistência com o cenário de internacionalização econômica ocorrida a partir da década de 1970, o qual demandou por parte do Estado brasileiro a modernização da matriz energética brasileira para responder à expansão industrial no país. O texto apresenta as singularidades dessa experiência de luta social, a qual contribuiu para a constituição da identidade coletiva do sujeito social atingido por barragem. De outra parte, é o único conflito registrado no país que teve êxito no impedimento à execução do projeto de construção de barragem.
Referências
AGRICULTORES discutem barragem com ELETROSUL. Jornal Informativo Agropecuário. Itapiranga. Nº 31, capa, outubro de 1984.
ANEEL, Matriz energética. Disponível em: http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/cmpf/gerencial .Acesso em: 20 de setembro de 2020.
COMISSÃO REGIONAL DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS (CRAB). A Enchente do Rio Uruguai. Boletim, ed. Nº 11, Erechim, 1985.
COMISSÃO REGIONAL DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS (CRAB). A Enchente do Rio Uruguai. Boletim, ed. Nº 20, Erechim, 1988.
COMISSÃO REGIONAL DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS (CRAB). A Enchente do Rio Uruguai. Boletim, ed. Nº 23, Erechim, 1988.
COMISSÃO REGIONAL DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS (CRAB). A Enchente do Rio Uruguai. Boletim, ed. Nº 28, Erechim, 1989.
COMISSÃO REGIONAL DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS (CRAB). Nossa história em debate. Erechim: Gráfica Vianei, 1989.
CONRAD, Sebastian. O que é história global. Lisboa: Edições Almedina, 2019.
FOSCHIERA, Atamis Antonio. Da barranca do rio para a periferia dos centros urbanos: a trajetória do movimento dos atingidos por barragens face às políticas do setor elétrico no Brasil. Tese de Doutorado em Geografia. Presidente Prudente: UNESP, 2009.
FRITSCH, José. José Fritsch: depoimento. Entrevistador: Rudinei José Cenci. Chapecó: UFFS, 2018.
LIMA, Henrique Espada. No baú de Augusto Mina: o micro e o global na história do trabalho, Topoi, Rio de Janeiro, v. 16, n. 31, p. 571-595, jul./dez. 2015.
LOCATELLI, Carlos (org.). Barragens Imaginárias: A construção de hidrelétricas pela comunicação. Florianópolis: Insular, 2015.
LOCATELLI, Carlos. Comunicação e Barragens: O poder da comunicação das organizações e da mídia na implantação de hidrelétricas. Florianópolis: Insular, 2014.
MAB, Movimento dos Atingidos por Barragens. Quem somos. Disponível em: http://www.mabnacional.org.br/content/quem-somos. Acesso em 13 de junho de 2018.
MAB, Movimento dos Atingidos por Barragens. Sobre o MAB. Disponível em: http://www.mabnacional.org.br/historia. Acesso em 13 de junho de 2018.
Mapa da bacia do Rio Uruguai. Disponível em https://www.google.com/search?q=mapa+das+barragens+na+bacia+do+rio+uruguai+&tbm. Acesso dia 28 de fevereiro de 2021.
MOSSMANN, Arsélio. Arsélio Mossmann: depoimento. Entrevistador: Rudinei José Cenci. Itapiranga: UFFS, 2018.
PICOLI, Bruno Antonio. Sob os Desígnios do Progresso. Xanxerê: News Print Gráfica Editora Ltda., 2012.
POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n.10, p. 200-212.
REIS, Elisa. Modernização, cidadania e estratificação. In: BETHELL, Leslie. Brasil: fardo do passado, promessa do futuro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
ROCHA, Humberto José. Integração desintegradora: a trajetória de projetos hidrelétricos desde a IIRSA até as comunidades locais. Mural Internacional, v. 3, n. 1, junho, p. 30-6, 2012.
ROCHA, Humberto José. Relações de poder na instalação de hidrelétricas. Passo Fundo. Ed. UPF, 2013.
ROCHA, Humberto José; PASE, Hemerson; LOCATELLI, Carlos (orgs.). Políticas públicas e hidrelétricas no sul do Brasil. Pelotas: Editora da Universidade de Pelotas, 2014.
THOMPSON, Edward Palmer. A Formação da Classe Operária Inglesa (volumes I, II e III). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
THOMPSON, Edward Palmer. Algumas observações sobre classe e “falsa consciência”. In.: NEGRO, Antonio Luidi; SILVA, Sergio (orgs.). As peculiaridades dos ingleses e outros artigos. Campinas: Unicamp, 2001.
THOMPSON, Edward Palmer. Costumes Em Comum: Estudo Sobre Cultura Popular Tradicional. São Paulo: Companhia Das Letras, 1988.
THOMPSON, Edward Palmer. Intervalo: A Lógica Histórica. In: THOMPSON, Edward Palmer. A Miséria da teoria: Ou um planetário de erros. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
THOMPSON, Edward Palmer. La sociedad inglesa del siglo XVIII: ¿lucha de clases sin clases? In: THOMPSON, Edward Palmer. Tradición, Revuelta y Consciencia de classe: Estudios sobre la crisis de la sociedad preindustrial. Barcelona: Editorial Crítica, 1984.
WOLFF, Günter Adolf. Günter Adolf Wolff: depoimento. Entrevistador: Rudinei José Cenci. Palmitos: UFFS, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.