Resíduos x agricultura: classificação, tratamento e destinação final ambientalmente adequada

Autores

  • Camila Hendges Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Andréia da Paz Schiller Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Jéssica Manfrin Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Tainara Carraro Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Daniele Cristina Schons Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Affonso Celso Gonçalves Junior Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Agências de fomento

Palavras-chave:

Gestão de resíduos, Resíduos da agricultura, Reutilização de resíduos

Resumo

A geração desordenada de resíduos é um dos maiores problemas ambientais enfrentados na atualidade. A atividade agrícola destaca-se pela elevada geração de resíduos que em consonância com outras atividades, como a industrial e urbana, por exemplo, é responsável por elevadas taxas de contaminação e impactos ambientais negativos ao meio ambiente. Diante do exposto, objetivou-se com o presente trabalho realizar um levantamento sobre a classificação de resíduos, técnicas de tratamento e destinação ambientalmente adequada, além das possibilidades de reuso dos resíduos agrícolas. Na atividade agrícola os resíduos mais comumente gerados são os resíduos orgânicos, entre eles destacam-se aqueles oriundos da lavoura e os originários das atividades agropecuárias. Diversas pesquisas demonstram que os resíduos orgânicos são passíveis de tratamentos, tais como compostagem, vermicompostagem e biodigestão, que transformam esses resíduos em materiais bioestabilizados, disponibilizando nutrientes, inferindo o uso desses compostos como biofertilizante. Outros estudos têm avaliado a obtenção de adsorventes provenientes de resíduos culturais visando a remediação de águas contaminadas por metais tóxicos e agroquímicos. Outros resíduos gerados em elevada quantidade, que possuem destinação ambientalmente adequada, amparada pela logística reversa, são as embalagens de agroquímicos. Dessa forma, apesar da atividade agrícola apresentar passivos ambientais em larga escala, algumas técnicas permitem reduzir os impactos ambientais negativos, permitindo que essas atividades sejam realizadas de forma mais sustentável, além de promover maior valor agregado aos resíduos. Entretanto, para que mais resultados positivos sejam encontrados há necessidade de maiores investimentos e regulamentações por parte dos governos.

Biografia do Autor

Camila Hendges, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Agronomia, área de Produção Vegetal, pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, campus Marehcal Cândido Rondon. Título de Engenheira Agrônoma pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) campus Toledo, em 2014. Possui vínculo empregatício na empresa Monsanto do Brasil como Auxiliar Agropecuário atuando na pesquisa de milho em campo.

Andréia da Paz Schiller, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Mestranda em Agronomia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Possui graduação em Engenharia Ambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2016). Atuou durante a graduação nas áreas de direito ambiental por meio do Grupo de Pesquisa e estudo e Direito Ambiental (GEPA), ligado ao Núcleo de prática Jurídica (NPJ) e no monitoramento da qualidade dos Recursos hídricos por meio de participação em projetos de iniciação científica (PIBIC e PIBIT).

Jéssica Manfrin, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Possui curso Técnico em Administração pelo Colégio Estadual Jardim Porto Alegre - Toledo/PR (2009). Engenheira Ambiental formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (Campus Toledo) em 2016. Realizou graduação sanduíche por meio do programa Ciência sem Fronteiras na Mercer University, Estados Unidos, pelo período de 16 meses (2013-2014). Durante o período de graduação participou de projetos de iniciação científica relacionados a saneamento ambiental, qualidade de recursos hídricos e monitoramento, além de ter realizado diversos cursos relacionados ao meio ambiente. Atualmente é mestranda do Programa de Pós-graduação em Agronomia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste (Campus Marechal Cândido Rondon), e participa do grupo de estudos em Solos e Meio Ambiente - GESOMA/Unioeste.

Tainara Carraro, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Engenheira Agrônoma graduada pela Universidade Estadual de Maringá (2016). Atualmente é mestranda na área de Produção Vegetal e linha de pesquisa Manejo de Culturas pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE Campus de Marechal Cândido Rondon. Tem experiência na área de Fitotecnia, iniciando trabalhos envolvendo rotação de culturas e espécies vegetais oleaginosas, com potencial para confecção de biocombustíveis.

Daniele Cristina Schons, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Engenheira Ambiental formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (Campus Toledo) em 2015. Foi estagiária no apoio técnico aos laboratórios da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Campus Toledo), no setor de gestão ambiental da Unidade Fabril de Queijos da Frimesa Cooperativa Central e no tratamento de efluentes da Cooperativa Agroindustrial Copagril. Participou de projetos de iniciação científica voltados ao monitoramento da qualidade físico-química e microbiológica de águas de um rio; bem como de diversos cursos voltados a área ambiental. Atualmente é mestranda no Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Campus Marechal Cândido Rondon) na linha de pesquisa de sistemas de produção vegetal sustentáveis.

Affonso Celso Gonçalves Junior, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Affonso Celso Gonçalves Jr. atualmente é Bolsista Produtividade em Pesquisa nível 1C pelo CNPq na área de Ciências Ambientais e concluiu três Pós-doutorados: 2017 na UEM-PR (Brasil); 2011 na Universidade de Santiago de Compostela (Espanha) e 2010 na UFG-GO (Brasil). Affonso é Professor Associado da UNIOESTE-PR e atua como docente e pesquisador do Centro de Ciências Agrárias, ministrando aulas na área de Química. Foi coordenador suplente do Programa de Mestrado e Doutorado em Agronomia da UNIOESTE onde atua como docente e orientador na área de Meio Ambiente e Sistemas de Produção Sustentáveis. Atua também como docente no Programa de Mestrado em Ciências Agrárias da UEM. Affonso recebeu diversas homenagens e prêmios pelos relevantes serviços prestados junto a comunidade nacional e internacional: Em 2016 - Melhor trabalho na área de Ciências Agrárias - I Encontro Anual de Iniciação Científica, Tecnológica e Inovação (EAICTI) da UNIOESTE. 2015 - Semi-finalista do Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável - Categoria Ambiental; 2014 - Honra ao mérito pela participação na Conferência Internacional de Energias Renováveis, Eficiência Energética e Desenvolvimento Sustentável (Alemanha) e Melhor trabalho científico no XI Congresso Nacional do Meio Ambiente, Instituto Federal de Educação. 2013 - Melhor trabalho na área de Química Ambiental - SBQ e foi reconhecido como Profissional Destaque em Marechal Cândido Rondon - PR. 2012 foi premiado como Personalidade Destaque - Mérito Científico no Setor Agropecuário pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário de Marechal Cândido Rondon - PR e também foi finalista do Prêmio Agência Nacional de Águas - Categoria Pesquisa e Inovação Tecnológica. 2011 foi reconhecido como um dos Outstanding Scientists of the 21st Century e em 2010 reconhecido como um dos Outstanding Intellectuals of the 21st Century, ambas indicações pelo International Biographical Centre - Cambridge, England. Sua Biografia foi selecionada para constar nas Edições 2011 e 2010 do Whos Who in the World. 2010 foi selecionado no The International Einstein Award for Scientific Achievement pelo International Biographical Centre - Cambridge, England. 2009 recebeu o Prêmio Professor Samuel Benchimol como pesquisador destaque na área ambiental na Amazônia. 2008 recebeu o Prêmio Liderança e Conquistas Acadêmicas - The Outstanding Young Persons - TOYP da Junior Chamber International MCR. É editor executivo, científico e membro de conselho editorial e consultor de diversos periódicos científicos nacionais e internacionais. Atua na área de Química, com ênfase em Química Analítica Ambiental, Solos, Sustentabilidade e Meio Ambiente. Na UNIOESTE, desde 1999, também é o coordenador do Laboratório de Química Ambiental e Instrumental, atuante nas áreas de Ensino, Pesquisa, Extensão e Prestação de Serviços na área de análise de amostras ambientais (solos, plantas, águas, efluentes, dejetos, resíduos, etc.). Na UNIOESTE já assumiu cargos administrativos como Assessor do Gabinete do Reitor em 2001, Diretor de Pesquisa e Assessor Técnico junto a PRPPG de 2001 a 2002 e também Assessor e Coordenador de Pesquisa junto ao Centro de Ciências Agrárias no ano de 2008. Atualmente é membro de diversos Colegiados e foi membro do Conselho Universitário (COU) de 2005 a 2007. O Prof. Affonso foi Chefe de Divisão junto ao Núcleo de Inovações Tecnológicas (NIT) da UNIOESTE em 2009. Foi representante da UNIOESTE no Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário e atualmente é representante no Conselho Municipal de Meio Ambiente no município de Marechal Cândido Rondon - PR. Atua desde 2006 como Avaliador Institucional e de Cursos no Ministério da Educação MEC/INEP. Atualmente é consultor ad hoc do CNPq, CAPES e Fundação Araucária. De 2009 a 2012 foi membro do Comitê Assessor da Área de Química e atualmente é do Comitê Assessor de Agronomia da Fundação Araucária (PR). Atua como consultor ambiental voluntário junto ao MP-SP e CONAMA-DF.

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Publicado

20-04-2019

Como Citar

HENDGES, C.; SCHILLER, A. da P.; MANFRIN, J.; CARRARO, T.; SCHONS, D. C.; GONÇALVES JUNIOR, A. C. Resíduos x agricultura: classificação, tratamento e destinação final ambientalmente adequada. Scientia Agraria Paranaensis, [S. l.], v. 18, n. 1, p. 1–8, 2019. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/scientiaagraria/article/view/20243. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Revisões Bibliográficas