DISPOSIÇÃO A PAGAR PELA COTA DE RESERVA AMBIENTAL: APLICAÇÕES EM PROPRIEDADE TÍPICA DO NORTE DO PARANÁ

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DOI:

https://doi.org/10.48075/igepec.v26i2.28222

Resumo

O objetivo deste estudo foi estimar a disposição a pagar pela unidade de Cota de Reserva Ambiental (CRA), a partir da rentabilidade histórica de uma propriedade típica na região de Londrina (PR), produtora de soja, milho e trigo. A partir das estruturas de custos e receitas para a propriedade, envolvendo os anos-safras 2007/08 a 2018/19, estimaram-se funções de distribuição para os itens de custos da fazenda e efetuou-se simulações estocásticas. Foram calculados o Custo Operacional Efetivo, Receita Bruta e Margem Bruta, visando a estruturação de um fluxo de caixa e o cálculo do valor presente líquido para um projeto com vida útil de 10 anos e custo de oportunidade de 2,5% a.a., em termos reais. Foi estimado um risco de liquidez 2,1% e um risco de rentabilidade de 37,6%. Os cálculos mostraram um valor máximo de disposição a pagar pela unidade de CRA de R$ 217,53 por hectare por ano.

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Publicado

03-06-2022

Como Citar

D’ARAUJO, V. B.; ALVES, L. R. A. DISPOSIÇÃO A PAGAR PELA COTA DE RESERVA AMBIENTAL: APLICAÇÕES EM PROPRIEDADE TÍPICA DO NORTE DO PARANÁ. Informe GEPEC, [S. l.], v. 26, n. 2, p. 286–306, 2022. DOI: 10.48075/igepec.v26i2.28222. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/gepec/article/view/28222. Acesso em: 19 abr. 2024.

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Artigos