A SPATIAL PERSPECTIVE OF BIOECONOMY IN THE BRAZILIAN AMAZON/Uma perspectiva espacial da bioeconomia na Amazônia brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/igepec.v28i2.33222
Agências de fomento
CNPq- Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Fundação de Amparo A pesquisa do Estado do Tocantins - FAPT

Palavras-chave:

Análise espacial, Bioeconomia, Amazônia, Desenvolvimento Regional

Resumo

This study investigates the distribution and diversity of activities related to bioeconomy in the Brazilian Amazon, leveraging concepts from spatial analysis such as rural-urban integration, agglomeration economies, and local-global knowledge. Methodologically, formal job data at the municipal level is analyzed, employing the Standardized Location Quotient (SLQ) alongside additional analyses. The findings reveal a network centered around Manaus-AM and other state capitals, where bio-industries (agroindustry and biotechnologies) are concentrated over time. These agglomerations are surrounded by regional economies specializing in groups of bioeconomy, such as farming, nature, or livestock production. However, the “spatial bioeconomy” in the Amazon highlights a limitation in the utilization of landscapes for multiple activities, signaling a challenge in enhancing biodiversity in the long term. Despite this, institutions within the Brazilian Amazon possess the capacity to implement projects of bioeconomy with positive impacts on local communities. In conclusion, this approach emerges as a crucial conduit for expanding spatial interactions while simultaneously addressing environmental and social concerns within regions abundant in bioresources.  

Resumo: Este estudo investiga a distribuição e diversidade das atividades relacionadas à bioeconomia na Amazônia brasileira, adotando conceitos de análise espacial, como integração rural-urbana, economias de aglomeração e conhecimento local-global. A metodologia utilizou de dados formais de emprego em nível municipal, aplicando-os no Quociente de Localização Padronizado (SLQ) e em análises adicionais. Os resultados revelam uma rede centrada em Manaus-AM e outras capitais estaduais, onde as bioindústrias (agroindústria e biotecnologias) concentraram-se ao longo do tempo. Essas aglomerações estão cercadas por economias regionais especializadas em agrupamentos da bioeconomia, como agricultura, natureza ou pecuária. No entanto, a “bioeconomia espacial” amazônica sugere uma limitação na diversificação de atividades em um mesmo local, sinalizando um desafio em melhorar os níveis de biodiversidade no longo prazo. Apesar disso, instituições dentro da Amazônia brasileira possuem a capacidade de executar projetos da bioeconomia com impactos positivos nas comunidades locais. Em conclusão, esse conceito emerge como um meio crucial para expandir as interações espaciais, ao mesmo tempo em que aborda questões ambientais e sociais em regiões abundantes de recursos biológicos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thiago José Arruda de Oliveira, Embrapa Pesca & Aquicultura

Doutor em Desenvolvimento Regional e Agronegocio (PGDRA)/UNIOESTE. Pesquisador colaborador da EMBRAPA-TO

Marta Eichemberger Ummus, Embrapa Pesca e Aquicultura

 

 

Andrea Elena Pizarro Muñoz, Embrapa Pesca e Aquicultura

Economista graduada pela Universidade Estadual de Campinas (1998) e mestre em Desenvolvimento Econômico - Economia Regional e Urbana pela Universidade Estadual de Campinas (2008).

 

 

 

 

Kennedy Douglas Leocadio Vasco , Embrapa Pesca e Aquicultura

Geógrafo.

 

 

 

Referências

AGUILAR, A.; TWARDOWSKI, T.; WOHLGEMUTH, R. Bioeconomy for sustainable development. Biotechnology Journal, v.14, p.1-11, 2019. DOI: 10.1002/biot.201800638.

BARBOSA, M. O.; RIVAS, A. A. F.; OLIVEIRA, L. A.; BUENAFUENTE, S. M. F. Bioeconomia: um novo caminho para a sustentabilidade na Amazônia? Research, Society and Development, v.10, n. 10, p.1-16, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i10.18545.

BERGAMO, D.; ZERBINI, O.; PINHO, P.; MOUTINHO, P. The Amazon bioeconomy: Beyond the use of forest products. Ecological Economics, v.199, n. 107448, 2022. DOI: 10.1016/j.ecolecon.2022.107448.

BIRCH, K. The knowledge-space dynamic in the UK bioeconomy. Area, v.41, n. 3, p.273-284, 2009. DOI: 10.1111/j.1475-4762.2008.00864.x.

BRASIL. Lei nº 1.806, de 6 de janeiro de 1953. Dispõe sobre o Plano de Valorização Econômica da Amazônia. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília-DF, 1953.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Available at: <http://www.rais.gov.br/sitio/index.jsf>. Accessed on: January 16th 2024.

BUGGE, M. M.; T. HANSEN; E A. KLITKOU. What is the bioeconomy? A review of the literature. Sustainability v.8. n.7, 2016. DOI: 10.3390/su8070691.

COSTA, F. A.; NOBRE, C.; GENIN, C.; FRASSON, C. M. R.; FERNANDES, D. A.; SILVA, H.; VICENTE, I.; SANTOS, I. T.; FELTRAN-BARBIERI, R.; VENTURA NETO, R.; FOLHES, R. Uma bioeconomia inovadora para a Amazônia: conceitos, limites e tendências para uma definição apropriada ao bioma floresta tropical. Texto para discussão. São Paulo: WRI Brasil, 2022. Available at: <https://wribrasil.org.br/pt/publicacoes>. Accessed on: April 7th 2024.

DUARTE, L. F.; OLIVEIRA, J. P. L.; D'ANDREA, C. A bioeconomia como fator de fomento para o desenvolvimento sustentável na Zona Franca de Manaus. Revista Foco, v.16, n. 2, p. 1-22, 2023. DOI: 10.54751/revistafoco.v16n2-118.

GOVEN, J.; PAVONE, V. The bioeconomy as political project: A Polanyian analysis. Science, Technology & Human Values, p.1-36, 2014. DOI: 10.1177/0162243914552133.

GROSSAUER, F.; STOEGLEHNER, G. Bioeconomy - A systematic literature review on spatial aspects and a call for a new research agenda. Land, v. 12, n. 1, p. 1-22, 2023. DOI: 10.3390/land12010234.

HODGE, D.; BRUSKAS, V.; GIURCA, A. Forests in a bioeconomy: Bridge, boundary or divide? Scandinavian Journal of Forest Research, v. 32, n. 7, p. 582-587, 2017. DOI: 10.1080/02827581.2017.1315833

HOMMA, A. K. O. O diálogo com a floreta: qual é o limite da bioeconomia na Amazônia? Research, Society and Development, v.11, n. 4, p. 1-10, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i4.27555.

HORLING, I.; MARSDEN, T. Rumo ao desenvolvimento espacial sustentável? Explorando as implicações da nova bioeconomia no setor agroalimentar e na inovação regional. Sociologias - Dossiê Ciências Sociais e Desenvolvimento, v.13, n. 27, p. 142-178, 2011. DOI: S1517-45222011000200007.

IBGE. REGIC – Região de influência das cidades 2018. Available at: <https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/redes-e-fluxos-geograficos/15798-regioes-de-influencia-das-cidades.html>. Accessed on: January 2th 2024.

IBGE. Base cartográfica contínuas. Available at: <https://www.ibge.gov.br/geociencias/cartas-e-mapas/bases-cartograficas-continuas/15759-brasil.html>. Accessed on: December 30th 2023.

KLEINSCHMIT, D.; ARTS, B.; GIURCA, A.; MUSTALAHTI, I.; SERGENT, A.; PÜLZL, H. Environmental concerns in political bioeconomy discourses. The International Forestry Review, v.19, Special number: Shifting global development discourses - Implications for forests and livelihoods, p.41-55, 2017. DOI: 10.1505/146554817822407420.

KOTIAHO, J. S. On effective biodiversity conservation, sustainability of bioeconomy, and honesty of the Finnish forest policy. Annales Zoologici Fennici, v.54, p. 13-25, 2017. DOI: 10.5735/086.054.0104.

LEHTONEN, O.; OKKONEN, L. Regional socio-economic impacts of decentralised bioeconomy: a case of Suutela wooden village, Finland. Environ Dev Sustain, v. 15, p. 245-256, 2013. DOI: 10.1007/s10668-012-9372-6.

LOPES, D.; LOBATO, E. C.; FERREIRA, R. S. A. A bioeconomia como alternativa de nova matriz econômica para o estado do Amazonas. Informe GEPEC, v.27, n.2, p.115-138, 2023. DOI: 10.48075/igepec.v27i2.30600.

LOPES, D. B.; EULLER, A. M. C.; FERREIRA, J. N.; VALENTIM, J. F.; WADT, L. H. O; KANASHIRO, M.; PORRO, R.; GOIS, S. L. L. Visões sobre bioeconomia na Amazônia: oportunidades e desafios para a atuação da Embrapa. Documentos 10. Brasília-DF: Embrapa, 2023.

MACEDO, M. C. M.; ARAÚJO, A. R. Sistemas de produção em integração: alternativa para recuperação de pastagens degradadas. In: BUNGENSTAB, D. J.; ALMEIDA, R. G. de; LAURA, V. A.; BALBINO, L. C.; FERREIRA, A. D. ILPF: inovação com integração de lavoura, pecuária e floresta. Brasília-DF: Embrapa, 2019.

MCCORMICK, K.; KAUTTO, N. The bioeconomy in Europe: An overview. Sustainability, v. 5, p. 2589-2608, 2013. DOI: 10.3390/su5062589.

MELLO, N. A. Políticas territoriais na Amazônia. São Paulo: Annablume, 2006.

MUIZNIECE, I.; ZIHARE, L.; BLUMBERGA, D. Obtaining the factors affecting bioeconomy. Environmental and Climate Technologies, v. 23, n. 1, p. 277-291, 2019. DOI: 10.2478/rtuect-2019-0018.

NASCIMENTO, L. A.; SILVA, L. B.; ROBERTO, J. C. A.; PINTO JÚNIOR, J. R. L. Bioeconomia: um modelo sustentável em ascensão e os entraves para sua implementação no bioma amazônico. Contribuciones a Las Ciencias Sociales, v.16, n. 6, p.3646-3663, 2023. DOI: 10.55905/revconv.16n.6-036.

O'DONOGHUE, D.; GLEAVE, B. A note on methods for measuring industrial agglomeration. Regional Studies, v. 38, n. 4, p. 419-427, 2004. DOI: 10.1080/03434002000213932.

OLIVEIRA, T. J. A.; ARAÚJO, A. F. V. Concentração produtiva na Amazônia: aspectos históricos e econômicos. Novos Cadernos do NAEA, 16, n. 1, Suplemento, p.301-315, 2013. DOI: 10.5801/ncn.v16i1.1322.

OLIVEIRA, T. J. A.; PIFFER, M. Do Sudeste da Amazônia Legal ao Centro Norte: as transformações econômicas espaciais. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais (ANPUR), Recife-PE, v.19, n. 1, p. 164-178, 2017. DOI: 10.22296/2317-1529.2017v19n1p164.

OLIVEIRA, T. J. A.; RODRIGUES, W. Vulnerabilidade e o desenvolvimento das regiões do agronegócio no Brasil (2007/2017). Informe GEPEC, v.24, p.232-248, 2020. DOI: 10.48075/igepec.v24i2.25044.

OLLINAHO, O. I.; KROGER, M. Separating the two faces of “bioeconomy”: Plantation economy and sociobiodiverse economy in Brazil. Forest Policy and Economics, v. 149, 2023. DOI: 10.1016/j.forpol.2023.102932.

PFAU, S. F.; HAGENS, J. E.; DANKBAAR, B.; SMITS, A. J. M. Visions of sustainability in bioeconomy research. Sustainability, v. 6, p. 1222-1249, 2014. DOI: 10.3390/su6031222.

POMINOVA, M.; GABE, T.; CRAWLEY, A. The stability of location quotients. Review of Regional Studies, p.296-320, 2022. DOI: 10.52324/001c.66197.

PRADO JÚNIOR, C. História econômica do Brasil. 43º ed. São Paulo: Brasiliense, 2012.

QUEIROZ-STEIN, G.; MARTINELLI, F. S.; DIETZ, T.; SIEGEL, K. S. Disputing the bioeconomy-biodiversity nexus in Brazil: Coalitions, discourses and policies. Forest Policy and Economics, v. 158, 2023. DOI: 10.1016/j.forpol.2023.103101

REFSGAARD, K.; KULL, M.; SLÄTMO, E.; MEIJER, M. W. Bioeconomy – A driver for regional development in the Nordic countries. New Biotechnology, v. 60, p. 130-137, 2021. DOI: 10.1016/j.nbt.2020.10.001.

RONZON, T.; PIOTROWSKI, S.; TAMOSIUNAS, S.; DAMMER, L.; CARUS, M.; M´BAREK, R. Developments of economic growth and employment in bioeconomy sectors across the EU. Sustainability, v. 12, p. 1-13, 2020. DOI: 10.3390/su12114507.

SANTOS, R. V. O. O ecossistema de inovação no estado do Pará: um panorama sustentável para a bioeconomia local. Revista Foco, v.16, n. 5, p. 1-21, 2023. DOI: 10.54751/revistafoco.v16n5-091.

SCHEITERLE, L.; ULMER, A.; BIRNER, R.; PYKA, A. From commodity-based value chains to biomass-based value webs: The case of sugarcane in Brazil´s bioeconomy. Journal of Cleaner Production, v. 172, p. 3851-3863, 2018. DOI: 10.1016/j.jclepro.2017.05.150.

SILVA, M. L. A.; OLIVEIRA, M. L. A bioeconomia como alternativa complementar ao modelo de desenvolvimento do Amazonas. Informe GEPEC, v.25, Edição Especial 58° Congresso da SOBER, p. 45-65, 2021. DOI: 10.48075/igepec.v25i0.26297.

STAFFAS, L.; GUSTAVSSON, M.; MACCORMICK, K. Strategies and policies for the bioeconomy and bio-based economy: An analysis of official national approaches. Sustainability, v. 5, n. 6, p. 2751-2769, 2013. DOI: 10.3390/su5062751.

TIAN, Z. Measuring agglomeration using the standardized Location Quotient with Bootstrap Method. Journal of Regional Analysis and Policy, v. 43, n. 1, p. 186-197, 2013. DOI: 10.22004/ag.econ.243958.

TIAN, Z.; GOTTLIEB, P. D.; GOETZ, S. J. Measuring industry co-location across county borders. Spatial Economic Analysis, v. 15, n. 1, p. 92-113, 2019. DOI: 10.1080/17421772.2020.1673898.

TORRES, D. A. P. Bioeconomia na estratégia da Embrapa. In: TORRES, D. A. P. Bioeconomia: oportunidades para o setor agropecuário. Brasília-DF: Embrapa, 2022. Cap. 5, p. 219-243.

WESSELER, J.; VON BRAUN, J. Measuring the bioeconomy: Economics and policies. Annual Review of Resource Economics, v.9, p. 275-298, 2017. DOI: doi.org/10.1146/annurev-resource-100516-053701.

ZILBERMAN, D.; KIM, E.; KIRSCHNER, S.; KAPLAN, S.; REEVES, J. Technology and the future bioeconomy. Agricultural Economics, v. 44, p. 95-102, 2013. DOI: 10.1111/agec.12054.

Downloads

Publicado

08-08-2024

Como Citar

ARRUDA DE OLIVEIRA, T. J.; EICHEMBERGER UMMUS, M.; PIZARRO MUÑOZ, A. E.; LEOCADIO VASCO , K. D. A SPATIAL PERSPECTIVE OF BIOECONOMY IN THE BRAZILIAN AMAZON/Uma perspectiva espacial da bioeconomia na Amazônia brasileira. Informe GEPEC, [S. l.], v. 28, n. 2, p. 117–138, 2024. DOI: 10.48075/igepec.v28i2.33222. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/gepec/article/view/33222. Acesso em: 20 out. 2024.