Quilombolas de Mata Cavalo: ressignificando a escola, a cultura e a natureza

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.48075/ijerrs.v6i1.32459

Resumen

No quilombo de Mata Cavalo, comunidades lutam pela preservação de sua identidade e conquista definitiva de seu território, onde resistem à margem da sociedade. Vitimados pelo poder hegemônico das políticas excludentes, permanecem enfrentando invasões de fazendeiros, perdendo meios de subsistência para as monoculturas do agronegócio, para a poluição dos rios e outros prejuízos ambientais que desencadearam o colapso climático atual. Enfrentaram a COVID-19 com atraso às vacinas, sofreram para se manterem em isolamento social e garantir condições de sobrevivência, pois sua força para resistir aos embates socioambientais sempre esteve fundamentada na articulação coletiva. Mesmo após o retorno às atividades presenciais, a evasão escolar foi significativa e muitos estudantes optaram por garantir a renda familiar, abandonando a escola. Após um período de grandes dificuldades em acessar os estudos, estes jovens têm enfrentado desafios na adaptação ao “novo ensino médio”, mesmo com a implantação de disciplinas eletivas relacionadas à cultura quilombola. A metodologia investigativa foi o Mapa Social, estimulando narrativas coletivas e individuais. Em meio à preservação da natureza como tática de resistência, este povo permanece resistindo com sua cultura ancestral na escola e arredores, legitimando o desejo por visibilidade e dias melhores.

 

Palavras-Chave: Quilombo de Mata Cavalo. Colapso climático. Mapa Social. Cultura. Natureza.

Biografía del autor/a

Cristiane Carolina de Almeida Soares, Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá

Cristiane Carolina de Almeida Soares é arte-educadora-ambiental, educadora, artista plástica e facilitadora de cursos de artes visuais. É bacharel em Comunicação Social, possui Licenciatura em Artes Visuais, pós-graduada em MBA - Gestão de Marketing, Especialista em Arteterapia, Mestra e Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Educação pela UFMT. Criadora do projeto "Pedra Papel e Tesoura". Atua como pesquisadora no GPEA-UFMT (Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte) e faz parte da REAJA (Rede Internacional de Pesquisa em Educação Ambiental e Justiça Climática). É servidora pública em efetivo exercício na SME (Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá), atuando como professora de Arte na EMEB Silvino Leite de Arruda. Áreas de atuação e pesquisa: arte-educação, artes visuais, educação ambiental, educação popular, cultura cuiabana, africana e afro-brasileira, migração climática, justiça climática e comunicação.

Regina Aparecida da Silva, Universidade Federal de Rondonópolis

Possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas (2001), mestrado em Educação (2006) pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), doutorado em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) (2011) e pós-doutorado em Educação pela UFMT (2013). É professora do curso de Pedagogia e do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGEdu), do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Rondonópolis. Faz parte do Colegiado e no Núcleo Docente Estruturante do Curso de Pedagogia. Pesquisa e orienta na área de educação ambiental, educação popular, identidades, culturas e diferenças. Participa do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA) e do Grupo de Pesquisa em Educa(ções) e Re-existências (Kuâra). É coordenadora do GT 22 - Educação Ambiental - da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), regional Centro-Oeste.

Michèle Sato, Universidade Federal de Mato Grosso

Sou graduada em Biologia (São Paulo, 1982), Mestre em Filosofia (Norwich, 1992) e Doutora em Ciências (São Carlos, 1997). Tenho pós-doutorado em educação no Canadá (Montréal, 2007), na Espanha (Coruña, 2014) e na Unirio (Rio de Janeiro, 2022). Participo do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA) do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Nos últimos anos, minhas pesquisas relacionam-se com movimentos sociais, justiça climática, colapsologia e arte popular. Sou fundadora da Rede Lusófona de Educação Ambiental, do Fórum de Direitos Humanos e da Terra (FDHT-MT) e participo dos Observatórios da Educação Ambiental (Brasil e Portugal).

Publicado

06-09-2024

Cómo citar

SOARES, C. C. de A.; SILVA, R. A. da; SATO, M. Quilombolas de Mata Cavalo: ressignificando a escola, a cultura e a natureza. Revista Internacional de Investigación y Ciencia de la Resiliencia Ambiental, [S. l.], v. 6, n. 1, 2024. DOI: 10.48075/ijerrs.v6i1.32459. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/ijerrs/article/view/32459. Acesso em: 2 may. 2025.