A LITERATURA GÓTICA DE AUTORIA FEMININA NA INGLATERRA DOS SÉCULOS XVIII E XIX: RESISTÊNCIA À IDEOLOGIA HEGEMÔNICA

Autores

  • Rosana Ferrari Pandim Lisboa Teixeira Universidade Federal de Goiás
  • Priscilla Melo Ribeiro de Lima Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v16i27.24755
Agências de fomento

Palavras-chave:

discurso de resistência, Frankenstein, escrita feminina, ideologia, gótico.

Resumo

O objetivo central deste artigo é compreender como a escrita de horror gótico por mulheres se configurou enquanto narrativa de resistência à ideologia hegemônica. Primeiramente, traçamos um panorama histórico da Inglaterra dos séculos XVIII e XIX e as proposições ideológicas a que marcaram. Depois, uma análise do gênero gótico enquanto sintoma da Modernidade capitalista, capaz de capturar suas angústias, fissuras e conteúdos recalcados. A partir disso, pensamos na possibilidade de escrita feminina do gótico que se desenvolveu neste período enquanto um discurso de resistência, de denúncia e crítica social. Estes elementos deram suporte a uma leitura de Frankenstein, de Mary Shelley, epítome do gótico, enquanto obra primordial para a compreensão da resistência feminina ao empunhar a caneta. Para tanto, foram necessários os escritos de Marx, Eagleton e Federici acerca da ideologia e da condição feminina, a concepção de narrativas de resistência de Bosi e a análise da escrita por mulheres de Gilbert e Gubar, sobre um pano de fundo psicanalítico. As escritoras femininas conseguiram, ao ousar uma incursão na escrita, escrever as suas histórias e a de tantas outras mulheres. Shelley, em especial, ao gerar e dar voz a uma criatura que corporifica os dilemas da sociedade e as angústias de grupos marginalizados.

Palavras-chave: discurso de resistência; Frankenstein; escrita feminina; ideologia; gótico.

Biografia do Autor

Rosana Ferrari Pandim Lisboa Teixeira, Universidade Federal de Goiás

Mestranda em Psicologia pela Universidade Federal de Goiás

Priscilla Melo Ribeiro de Lima, Universidade Federal de Goiás

Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Psicologia (PPGP-UFG)
Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura (PPG-PSICC/UnB)
Professora Adjunto da Faculdade de Educação (FE-UFG)

Downloads

Publicado

06-08-2020

Como Citar

FERRARI PANDIM LISBOA TEIXEIRA, R.; MELO RIBEIRO DE LIMA, P. A LITERATURA GÓTICA DE AUTORIA FEMININA NA INGLATERRA DOS SÉCULOS XVIII E XIX: RESISTÊNCIA À IDEOLOGIA HEGEMÔNICA. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 16, n. 27, p. 176–200, 2020. DOI: 10.48075/rlhm.v16i27.24755. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/24755. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ: MANIFESTAÇÕES DE RE-EXISTÊNCIA: A LITERATURA EM TEMPOS DE REPRESSÃO