A LITERATURA GÓTICA DE AUTORIA FEMININA NA INGLATERRA DOS SÉCULOS XVIII E XIX: RESISTÊNCIA À IDEOLOGIA HEGEMÔNICA
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v16i27.24755Palabras clave:
discurso de resistência, Frankenstein, escrita feminina, ideologia, gótico.Resumen
O objetivo central deste artigo é compreender como a escrita de horror gótico por mulheres se configurou enquanto narrativa de resistência à ideologia hegemônica. Primeiramente, traçamos um panorama histórico da Inglaterra dos séculos XVIII e XIX e as proposições ideológicas a que marcaram. Depois, uma análise do gênero gótico enquanto sintoma da Modernidade capitalista, capaz de capturar suas angústias, fissuras e conteúdos recalcados. A partir disso, pensamos na possibilidade de escrita feminina do gótico que se desenvolveu neste período enquanto um discurso de resistência, de denúncia e crítica social. Estes elementos deram suporte a uma leitura de Frankenstein, de Mary Shelley, epítome do gótico, enquanto obra primordial para a compreensão da resistência feminina ao empunhar a caneta. Para tanto, foram necessários os escritos de Marx, Eagleton e Federici acerca da ideologia e da condição feminina, a concepção de narrativas de resistência de Bosi e a análise da escrita por mulheres de Gilbert e Gubar, sobre um pano de fundo psicanalítico. As escritoras femininas conseguiram, ao ousar uma incursão na escrita, escrever as suas histórias e a de tantas outras mulheres. Shelley, em especial, ao gerar e dar voz a uma criatura que corporifica os dilemas da sociedade e as angústias de grupos marginalizados.
Palavras-chave: discurso de resistência; Frankenstein; escrita feminina; ideologia; gótico.
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