Estrada de mão dupla de Vieira e Aristóteles no Sermão da Sexagésima
é importante ler os clássicos da literatura?
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v21i38.34388Resumo
Este artigo pretende analisar alguns elementos clássicos da Retórica de Aristóteles (2006) no Sermão da Sexagésima (2021), de Antônio Vieira (1608-1697), e motivar a leitura dos clássicos à luz da definição dos clássicos de Ítalo Calvino, particularmente, em sua obra recente e completa, Por que ler os clássicos (2023), de modo a constituir-se uma estrada estrutural imaginária de mão dupla poético-literária entre alguns fragmentos do clássico barroco Sermão da Sexagésima, de Padre Antônio Vieira, e os princípios retóricos de Aristóteles que são a base estrutural do Caminho Peripatético entre dois retóricos de tempos diversos. Assim destacam-se nesta análise a aplicação da lógica persuasiva e da estilística clássica aristotélica evidenciando a influência da recepção dos clássicos na construção argumentativa temporal e atemporal. A análise não pretende criar manual retórico-oratório nem analisar todo o sermão, mas, talvez, despertar a curiosidade de seus leitores e ouvintes ao vislumbrar elementos da politeia, polissemia, e policoncepção retórica na própria formação da Nação Brasileira, conquanto fique em aberto a prevalência desses elementos na análise discursiva. O Sermão da Sexagésima vieirianum tem influências e confluências da Retórica de Aristóteles, fato relevante que justifica sua análise, visto que seu conteúdo não é mero Barroco Brasileiro (1601-1768), mas transcende o contexto e conduz à descoberta da recepção dos clássicos e dos princípios poético-literários universais, desde o tempo inaugural ao contexto poético-literário augural.
Palavra-chave: Antônio Vieira. Barroco brasileiro. Retórica de Aristóteles. Sexagésima. Recepção dos clássicos.
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