LINGUAGEM E RESISTÊNCIA EM MULHERES DE CINZAS, DE MIA COUTO E AMERICANAH, DE CHIMAMANDA ADICHIE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v16i27.23079
Agências de fomento
CAPES

Palavras-chave:

Linguagem, Resistência, Subversão, Escritura dupla, Ferramenta de Poder.

Resumo

Neste estudo analiso as obras Mulheres de Cinzas, do escritor moçambicano Mia Couto e Americanah, da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie ancorada nas teorias Pós-coloniais sob o enfoque da resistência e da subversão a um modo único de ver a linguagem e a identidade das personagens que compõem a narrativa. Objetivo apresentar a importância do conceito de escritura que abarca relações éticas e estéticas que se presumem no ato de ler e é norteada pelos sentidos que se constroem nas condições sociais e culturais diversas pressupostas na leitura (Barthes, 2004). Devido à presença de movimentos políticos e culturais centralizadores viso desconstruir, com o auxílio da escritura dupla de Adichie e Couto, as tentativas de manter a leitura e a escrita subordinadas a determinadas utilidades sociais e históricas, dando espaço ao diferente e tratando o texto como híbrido e multilíngue. Para tanto conto com o poder destas duas narrativas contemporâneas que se caracterizam pela habilidade de subverter, de alterar e reconstruir sentidos que a tradição cultural produz. Ao entender que a leitura torna-se assertiva na medida em que a escritura se constitui como lugar de deslizamentos entre múltiplos e distintos universos, percebo que esse fenômeno ocorre por meio de estranhamentos, concordâncias, apropriações, pactos e rupturas uma vez que a escritura apresenta traços de resistência essenciais para a subversão dos discursos hegemônicos. Assim, entendo que essa escritura múltipla instrumentaliza a linguagem utilizada por Adichie e Couto, de modo a torná-la ferramenta de poder.

Biografia do Autor

Cleonice Alves Lopes Flois, Universidade Estadual do Oeste do Paraná- UNIOESTE

Mestra em Letras pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE (2018). Membro do Grupo de Pesquisas Confluências da Ficção, História e Memória na Literatura e nas Diversas Linguagens. Mediadora do Clube de Leitura Leia Mulheres Toledo/PR. Membro do Mulherio das Letras nacional e do Paraná. Pós-graduada em Literatura Contemporânea pelo Centro Universitário Barão de Mauá de Ribeirão Preto/SP (2012) e em Didática e Metodologia do Ensino pela UNIVALE/ESAP do Vale do Ivaí (2010). Licenciada em Língua Inglesa pelo Programa Especial de Formação Pedagógica pela UTFPR (2008). Bacharela em Secretariado Executivo Bilíngue pela UNIOESTE (2002). Pesquisadora das temáticas: literatura e feminismo, coletivos de mulheres no âmbito da leitura e da escrita, leitura e mediação, identidade e resistência, literaturas africanas e afro-brasileira, literatura brasileira contemporânea.

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Publicado

06-08-2020

Como Citar

ALVES LOPES FLOIS, C. LINGUAGEM E RESISTÊNCIA EM MULHERES DE CINZAS, DE MIA COUTO E AMERICANAH, DE CHIMAMANDA ADICHIE. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 16, n. 27, p. 262–277, 2020. DOI: 10.48075/rlhm.v16i27.23079. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/23079. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

PESQUISA EM LETRAS NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO E LITERATURA, ENSINO E CULTURA