Dessecação em pré-colheita do trigo: nova preocupação para a qualidade do cereal no consumo humano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18188/sap.v18i3.21203
Agências de fomento
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES)

Resumo

Uma alternativa, empregada pelos produtores do cereal trigo, para garantir produtividade é a aplicação de herbicidas dessecantes na pré-colheita. No entanto, essa prática pode acarretar na contaminação química do produto colhido. Diante do exposto, objetivou-se com a presente revisão, fazer um levantamento, a partir de estudos científicos, sobre o efeito da dessecação na pré-colheita do trigo com o uso de herbicidas, na qualidade fisiológica dos grãos de trigo destinados ao consumo humano e animal. No Brasil, a região Sul tem a maior área cultivada com este cereal, 1.714 milhões de hectares em 2017. Nos últimos anos os produtores rurais, a fim de minimizar a deterioração da qualidade dos grãos no campo e garantir a produtividade, passaram a adotar a prática de aplicação de herbicidas dessecantes na pré-colheita. Entretanto, essa prática pode resultar no transporte dos produtos químicos até os grãos ou sementes, resultando na contaminação química do produto final, onde, em sua grande maioria é destinado à produção de farinha. Os resultados da revisão bibliográfica são heterogêneos, apresentando em alguns casos efeitos negativos da dessecação em pré-colheita aos grãos e/ou sementes, enquanto em outros não existe a mesma constatação. Dessa forma, o produtor sempre que utilizar um defensivo agrícola, deve seguir o receituário agronômico, bem como ficar atento às indicações da bula do produto, de modo a respeitar as doses e período de carência entre aplicação e colheita. Ainda há a necessidade de técnico especializado, necessidade de tal procedimento, viabilidade em determinada localidade, registro dos produtos químicos para este fim e se estes deixam resíduos nos grãos que possam comprometer a saúde humana.

Biografia do Autor

Eluane Parizotto Seidler, Universidade Federal de Santa Maria/Programa de Pós-Graduação em Agronegócios - Campus Palmeira das Missões

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Agronegócios (PPGAGR), Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Missões, Bolsista CAPES/BRASIL. Especialista no MBA em Administração, Agronegócios e Biotecnologia (UNINTER). Bacharela em Administração, Universidade de Passo Fundo (UPF).

João Pedro Velho, Universidade Federal de Santa Maria/Palmeira das Missões. Programa de Pós-Graduação em Agronegócios (PPGAGR).

Zootecnista, Mestre e doutor em Zootecnia (UFRGS). Professor Associado I no Departamento de Zootecnia e Ciências Biológicas e Coordenador Adjunto do Programa de Pós-Graduação em Agronegócios (UFSM/Palmeira das Missões).

Luciana Fagundes Christofari, Universidade Federal de Santa Maria/Palmeira das Missões. Programa de Pós-Graduação em Agronegócios (PPGAGR).

Médica Veterinária e doutora em Zootecnia (UFRGS). Professora adjunta no Departamento de Zootecnia e Ciências Biológicas e na Pós Graduação em Agronegócios (UFSM/Palmeira das Missões).

Paulo Sergio Gois Almeida, Universidade Federal de Santa Maria/Palmeira das Missões. Programa de Pós-Graduação em Agronegócios (PPGAGR).

Agrônomo, Mestre e doutor em Ciência do Solo (UFRGS). Professor adjunto no Departamento de Zootecnia e Ciências Biológicas (UFSM/Palmeira das Missões).

Tanice Andreatta, Universidade Federal de Santa Maria/Palmeira das Missões. Programa de Pós-Graduação em Agronegócios (PPGAGR).

Economista, Mestre e Doutora em Desenvolvimento Rural, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora Associada no Departamento de Ciências Econômica e na Pós Graduação em Agronegócios (UFSM/Palmeira das Missões).

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Publicado

21-01-2020

Como Citar

SEIDLER, E. P.; VELHO, J. P.; CHRISTOFARI, L. F.; ALMEIDA, P. S. G.; ANDREATTA, T. Dessecação em pré-colheita do trigo: nova preocupação para a qualidade do cereal no consumo humano. Scientia Agraria Paranaensis, [S. l.], v. 18, n. 3, p. 200–208, 2020. DOI: 10.18188/sap.v18i3.21203. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/scientiaagraria/article/view/21203. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Revisões Bibliográficas