A IDEIA DE AUTORIA NA INDUSTRIALIZAÇÃO DO CINEMA: O CASO "DOYEN" E A DISPUTA COM A PATHÉ (1898-1910)
DOI :
https://doi.org/10.36449/rth.v22i1.19196Mots-clés :
Primeiro Cinema, Doyen, Pathé, Autoria, Mercado Cinematográfico, Propriedade IntelectualRésumé
O desenvolvimento da ideia de narrativa no cinema e, posteriormente, a defesa dessa mídia como nova forma artística se realizaram por meio de um rápido processo que envolveu não apenas a estabilização do cinematógrafo em um mercado altamente rentável, mas, também da caracterização jurídica do processo de criação fílmica. Esse processo, realizado nos vinte anos iniciais desde a criação do aparelho cinematógrafo, teve como um dos marcos a disputa judicial do cirurgião Doyen na França a partir de 1902 contra a empresa Pathé, que havia adquirido os filmes das cirurgias do médico sem a sua anuência para explorá-los comercialmente. O caso abriu um precedente jurídico que, além de ter dado início à atribuição legal aos autores de filmes, proporcionou meios discursivos aos defensores do cinema como “arte”, estatuto requisitado para que o filme estabelecesse o seu público para além da classe trabalhadora no circuito comercial, além da estabilidade jurídica para a ideia de propriedade intelectual em torno do produto fílmico.Téléchargements
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