A IDEIA DE AUTORIA NA INDUSTRIALIZAÇÃO DO CINEMA: O CASO "DOYEN" E A DISPUTA COM A PATHÉ (1898-1910)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36449/rth.v22i1.19196
Agências de fomento
CAPES-PDSE

Palavras-chave:

Primeiro Cinema, Doyen, Pathé, Autoria, Mercado Cinematográfico, Propriedade Intelectual

Resumo

O desenvolvimento da ideia de narrativa no cinema e, posteriormente, a defesa dessa mídia como nova forma artística se realizaram por meio de um rápido processo que envolveu não apenas a estabilização do cinematógrafo em um mercado altamente rentável, mas, também da caracterização jurídica do processo de criação fílmica. Esse processo, realizado nos vinte anos iniciais desde a criação do aparelho cinematógrafo, teve como um dos marcos a disputa judicial do cirurgião Doyen na França a partir de 1902 contra a empresa Pathé, que havia adquirido os filmes das cirurgias do médico sem a sua anuência para explorá-los comercialmente. O caso abriu um precedente jurídico que, além de ter dado início à atribuição legal aos autores de filmes, proporcionou meios discursivos aos defensores do cinema como “arte”, estatuto requisitado para que o filme estabelecesse o seu público para além da classe trabalhadora no circuito comercial, além da estabilidade jurídica para a ideia de propriedade intelectual em torno do produto fílmico.

Biografia do Autor

Luiz Felipe Cezar MUNDIM

Doutor em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pela Université Paris 1 - Panthéon-Sorbonne (2016). Menção Honrosa no Prêmio Capes de Tese 2017. Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás (2007). Bacharel e licenciado em História pela Universidade Federal de Goiás (2003), e bacharel em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2003). Formação com ênfase na área de História Contemporânea e História do Brasil República, atuando principalmente nos seguintes campos de pesquisa: história social do trabalho, história do cinema e história intelectual.

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Publicado

12-08-2018

Como Citar

MUNDIM, L. F. C. A IDEIA DE AUTORIA NA INDUSTRIALIZAÇÃO DO CINEMA: O CASO "DOYEN" E A DISPUTA COM A PATHÉ (1898-1910). Tempos Históricos, [S. l.], v. 22, n. 1, p. 146–174, 2018. DOI: 10.36449/rth.v22i1.19196. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/temposhistoricos/article/view/19196. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático