EPISTOLOGRAFIA RENASCENTISTA E SOCIABILIDADE ARISTOCRÁTICA EM ANDRADE CAMINHA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36449/rth.v22i1.17817
Agências de fomento

Palavras-chave:

Humanismo, Renascimento, História de Portugal

Resumo

A arte de escrever cartas (a epistolografia), como a entendia o poeta Pêro de Andrade Caminha (1520-1580), não era apenas uma forma de expressão literária ou mero exercício de erudição letrada. Para ele, tratava-se, antes de tudo, de um modo estratégico de comunicação a partir de um quadro mais extenso de sociabilidade aristocrática. Neste trabalho, examinamos duas epístolas em verso de Andrade Caminha, que desempenham, em particular, a temática do casamento: a primeira, endereçada a Alexandre Farnese, príncipe de Plasência; e a segunda, a D. Miguel de Noronha. Em ambas, o que se pode perceber é que, para além de angariar a benevolência de seus destinatários, as epístolas de Caminha se inserem na lógica social da Idade Moderna, estabilizando a “força performativa” de seus enunciados num quadro de princípios capaz de legitimar uma ordem de domínio, de definir padrões de conduta e de regular satisfatoriamente a interação entre pessoas e grupos. Elas ratificariam, assim, um complexo de intercâmbios sociais, cujo conteúdo e extensão doutrinava o modo de proceder das várias partes da comunidade.

 

Biografia do Autor

Ricardo Hiroyuki SHIBATA, UNICENTRO

Depto de Letras

Literatura Portuguesa

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Publicado

12-08-2018

Como Citar

SHIBATA, R. H. EPISTOLOGRAFIA RENASCENTISTA E SOCIABILIDADE ARISTOCRÁTICA EM ANDRADE CAMINHA. Tempos Históricos, [S. l.], v. 22, n. 1, p. 248–272, 2018. DOI: 10.36449/rth.v22i1.17817. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/temposhistoricos/article/view/17817. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos