Escola sem partido: um programa de controle na sala de aula

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36449/rth.v24i1.22892
Agências de fomento

Palavras-chave:

Escola sem Partido; educação; ensino básico.

Resumo

O tema central do presente artigo é o movimento Escola sem Partido, que tramita no Congresso Nacional por meio de dois projetos de leis, que tem por objetivo incluir o programa entre as diretrizes e bases da educação nacional. Na perspectiva do programa, existe uma doutrinação em termos político, ideológicos e religiosos em sala de aula que precisa ser combatida. Diante disso, propõe, que seja adotado mecanismos legais que assegure a neutralidade dos professores em sala de aula. O mesmo se aplica aos produtores de materiais didáticos. Entretanto, ao que parece, a neutralidade é falaciosa; o que se que, no fundo, é a instalação de um programa de controle no ambiente escolar, no sentido de inibir e tentar calar as vozes que se oponentes ao referido movimento.

Biografia do Autor

Gerson Vasconcelos Luz, Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP

Possui graduação em Filosofia (bacharelado) pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2006), graduação em Filosofia (licenciatura) pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2005) e mestrado em Filosofia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2010). Atualmente é professor de educação básica - Secretaria de Estado da Educação do Paraná e professor colaborador da Universidade Estadual do Norte do Paraná. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia Política, atuando principalmente nos seguintes temas: hobbes, política, educação, filosofia e rousseau.

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Publicado

23-10-2020

Como Citar

VASCONCELOS LUZ, G. Escola sem partido: um programa de controle na sala de aula. Tempos Históricos, [S. l.], v. 24, n. 1, p. 397–415, 2020. DOI: 10.36449/rth.v24i1.22892. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/temposhistoricos/article/view/22892. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos