Albert Camus e Edward Said, leituras distintas para tempos complexos: Considerações sobre O Estrangeiro (1942)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.36449/rth.v26i1.26412
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Palabras clave:

Albert Camus;Edward Said; O Estrangeiro;Poblema Argelino;Historicidade

Resumen

Partindo do princípio da historicidade da produção e da recepção de obras ficcionais, este artigo recupera a figura do escritor Albert Camus, por meio do romance O Estrangeiro, tecendo considerações sobre a maneira como o crítico Edward Said trata obra e autor no interior do debate sobre cultura e imperialismo. É importante perceber que a base interpretativa de Said, ao incluir Camus nas discussões sobre imperialismo, é distinta daquela que é utilizada pelo escritor, portanto busca-se historicizar as duas leituras, enfatizando o “lugar” de onde Camus produz seus textos e a maneira como trata dos povos árabes em seu romance mais conhecido.

Biografía del autor/a

Rodrigo de Freitas Costa, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Doutor em História pela Universidade Federal de Uberlândia, Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Uberlândia, Professor Associado do Departamento de História da Universidade Federal do Triângulo Mineiro e pesquisador da Rede de Pesquisa História e Culturas no Mundo Contemporâneo.

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Publicado

27-05-2022

Cómo citar

DE FREITAS COSTA, R. Albert Camus e Edward Said, leituras distintas para tempos complexos: Considerações sobre O Estrangeiro (1942). Tempos Históricos, [S. l.], v. 26, n. 1, p. 33–69, 2022. DOI: 10.36449/rth.v26i1.26412. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/temposhistoricos/article/view/26412. Acesso em: 17 jul. 2024.

Número

Sección

Artigos