A LIBERTAÇÃO LINGUÍSTICA DA LITERATURA NACIONAL: TRAMAS DE POLÍTICA, LÍNGUA E LITERATURA NO BRASIL (1930-40)
DOI :
https://doi.org/10.36449/rth.v23i2.23310Mots-clés :
Estado Novo, Identidade nacional, Língua portuguesa.Résumé
O texto analisa as contendas políticas e intelectuais ocorridas na década de 1930, que tiveram como eixo a unidade linguística nacional e nas quais tomaram parte os articuladores do Estado Novo, os críticos literários e os romancistas sociais, notadamente, Jorge Amado. O mapeamento dos textos produzidos sobre tema, das instituições, sujeitos e argumentos envolvidos revela as tensões de um período em que a busca pela identidade nacional ocupava lugar central nos projetos políticos e culturais. Conclui-se que, naquele período, os usos da língua presidiam muitas das escolhas políticas e estéticas.Références
AGUIAR, J. Jorge Amado: uma biografia. São Paulo: Todavia, 2018.
AMADO, J. Cacau. Rio de Janeiro: Record, 1982.
AMADO, J. Libertacion linguística de la literatura brasileña. Sur. n. 89, fev. 1942.
BARROS, O de. Língua e identidade nacional no Estado Novo. In: LEMOS, M. T. T. B.; DANTAS, A. T.; BAHIA, L. H. N. América Latina em construção. Rio de Janeiro: 7Letras, 2006.
BIGNOTTO, C. C. Figuras de autor, figuras de editor. As práticas editoriais de Monteiro Lobato. São Paulo: Editora UNESP, 2018.
BOMENY, H. Constelação Capanema: intelectuais e política. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getulio Vargas; Bragança Paulista (SP): Ed. Universidade de São Francisco, 2001.
BUENO, A. M. O Estado Novo e sua relação com os imigrantes: a língua como defesa dos valores nacionais. Disponível em: www.revistas.usp.br/esse/article/49199 Acesso em: 3 jul. 2018.
BUENO, L. Uma história do romance de 30. São Paulo: EDUSP; Campinas: Editora da Unicamp, 2006.
CAMPOS, C. M. A política da língua na era Vargas: proibição do falar alemão e resistência no sul do Brasil. Tese (Doutorado em História). Campinas: UNICAMP, 1998.
CANDIDO, A. A revolução de 1930 e a cultura. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, v .4, n. 4, p. 27-36, abr. 1984.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
DÁVILA, J. Diploma de brancura: política social e racial no Brasil – 1917-1945. São Paulo: Editora UNESP, 2006.
DIP. A boa linguagem como fundamento da reconstrução nacional. O Brasil de hoje, de ontem e de amanhã, ano I, n. 1, jan. 1940.
DUARTE, E. de A. Jorge Amado: romance em tempo de utopia. Rio de Janeiro: Editora Record, 1996.
GLADSTONE, C. de M. Alencar e a língua brasileira. Conselho Federal de Cultura. 1972.
HENRIQUES, C. C. Atas da Academia Brasileira de Letras, presidência Machado de Assis (1896-1908). Rio de Janeiro: ABL, 2008.
LEITE, R. M. Correspondência: Casais Monteiro e Ribeiro Couto. São Paulo: Editora Unesp, 2016.
LUIZETTI, D. Estudos das constituições do Brasil. Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=H-d7DwAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false Acesso em: 20 fev. 2019.
MONTEIRO, C. A boa linguagem como fundamento da reconstrução nacional. O Brasil de hoje, de ontem e de amanhã, Ano I, n. 2, fev. 1940.
MOURA, A de. Rui e A Replica. In: LACERDA, V. Rui Barbosa: Escritos e Discursos Seletos. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997.
O uso obrigatório da ortografia oficial. O Brasil de hoje, de ontem e de amanhã, Ano II, n. 15, mar. 1941.
OLIVEIRA, L. L. As raízes da ordem: os intelectuais, a cultura e o Estado. In: A Revolução de 30: Seminário Internacional. Coleção Temas Brasileiros, v. 54. Brasília: Editora UNB, 1982.
PRAZERES, O. A língua e a nacionalidade. Cultura Política, ano I, n. 5, jul. 1941.
MACHADO FILHO, A. da M. Cultura Política, ano III, n. 26, abr. 1943.
PÉCAULT, D. Intelectuais e a política no Brasil: entre o povo e a nação. São Paulo: Editora Ática, 1990.
RABELO, A. Justificação ao projeto 1676/1999. Diário da Câmara dos Deputados. Disponível: http://imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD04NOV1999.pdf#page=106 Acesso: 20 jul. 2018.
SALLA, T. M. Literatura, política e legitimação institucional: o romance de 30 e o modernismo de 1922 segundo a retórica estadonovista. Teresa: revista de literatura brasileira, São Paulo, n. 16, 2015.
SAUSSURE, F. Curso de Linguística Geral. São Paulo: Cutrix, 2006.
SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SILVA, P. R. da. Victoria Ocampo e intelectuais de “Sur”: cultura e política na Argentina (1931-1955). Dissertação (Mestrado em História). Campinas: Unicamp, 2004.
SODRÉ, N. W. Memórias de escritos (V. 1) Formação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1970.
SORÁ, G. Brasilianas: José Olympio e a gênese do mercado editorial brasileiro. São Paulo: EDUSP: Com-Arte, 2010.
TEYSSIER, P. História da Língua Portuguesa. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
Verbete Jorge Amado. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/jorge-leal-amado-de-faria Acesso em: 19 jul. 2018.
VIANA, O. Imigração e Colonização – ontem e hoje. A Manhã, ano III, n. 689, Rio de Janeiro, nov. 1943.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.