Legitimidade e distinção: reflexões sobre a formação e a atuação do Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (1938-1966)

Autores

  • Leila Bianchi Aguiar Professora do Departamento de História, do Programa de Pós-graduação em História e do Profhistória da Unirio
  • Jamile da Silva Neto Doutoranda do Programa de História Social da Unirio

DOI:

https://doi.org/10.36449/rth.v24i1.22295
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CNPQ

Palavras-chave:

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; Iphan; Patrimônio Cultural; Conselho Consultivo; Rodrigo Melo Franco de Andrade.

Resumo

A institucionalização das práticas de preservação do patrimônio cultural no Brasil foi marcada pela criação do Serviço do Patrimônio Histórico (SPHAN) em 1937. Desde então, a agência de preservação contaria com um Conselho Consultivo, formado por dez membros eleitos pelo presidente da República e pelos diretores dos museus nacionais históricos e artísticos. Estudar a composição e as práticas de construção de legitimidade e distinção desse Colegiado é uma das formas aqui encontradas para uma compreensão mais ampla dos rumos da política de preservação do patrimônio cultural no Brasil nas três primeiras décadas de atuação do SPHAN.

Biografia do Autor

Leila Bianchi Aguiar, Professora do Departamento de História, do Programa de Pós-graduação em História e do Profhistória da Unirio

Professora Associada I do Departamento de História, do Programa de Pós-Graduação em História e do Mestrado Profissional em Ensino de História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). É Coordenadora do Mestrado Profissional em Ensino de História do Núcleo Unirio e pesquisadora do Núcleo de Documentação, História e Memória dessa Universidade. É Pós-doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense. Foi pesquisadora colaboradora da Unicamp (2016 a 2017), atuou como pesquisadora em projetos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e como Consultora da Unesco/ Recém-doutora para o Programa de Especialização em Patrimônio do IPHAN. Realiza pesquisas sobre Preservação do Patrimônio Cultural e Turismo em Sítios Urbanos preservados, História do Turismo e Trajetórias das Políticas de Preservação de Patrimônio.

Jamile da Silva Neto, Doutoranda do Programa de História Social da Unirio

Graduada em História pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e mestre pela mesma instituição, tendo defendido no Programa de Pós-Graduação em História da Unirio a dissertação intitulada "Nem tão moderno assim: intelectuais do Conselho Consultivo do SPHAN e do IHGB construindo o patrimônio e narrando a história (1938-1966)". Tem como principais áreas de interesse: intelectuais, patrimônio cultural brasileiro e historiografia.

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Publicado

23-10-2020

Como Citar

AGUIAR, L. B.; DA SILVA NETO, J. Legitimidade e distinção: reflexões sobre a formação e a atuação do Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (1938-1966). Tempos Históricos, [S. l.], v. 24, n. 1, p. 207–237, 2020. DOI: 10.36449/rth.v24i1.22295. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/temposhistoricos/article/view/22295. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos