A SUBVERSÃO FEMININA NA REESCRITA DO MITO DE PENÉLOPE EM A ODISSEIA DE PENÉLOPE, DE MARGARET ATWOOD
DOI:
https://doi.org/10.48075/ri.v22i1.24561Palavras-chave:
Feminismo, Crítica literária feminista, A odisseia de Penélope.Resumo
Analisa-se o romance A odisseia de Penélope (2005), de Margaret Atwood à luz da crítica feminista. Objetiva-se analisar a reescrita da Odisseia, de Homero, que dá voz à Penélope, tornando-a protagonista. O feminismo elucida a evolução da escrita feminina, a figuração de personagens femininas, que, de estereotipadas, passaram a se mostrar mais independentes, ousadas e insubmissas, conforme avançavam as conquistas femininas na sociedade. De caráter bibliográfico, este trabalho utiliza referencial teórico sobre os feminismos como movimentos sociais, o feminismo na literatura, com base em Alves e Pitanguy (1985), Beauvoir (1980 a e b), Woolf (2019), Michel (1982), Showalter (2014), Bordieu (2019), dentre outros. A análise revela que esta nova Penélope, que analisa e reconta sua história três mil anos após sua morte, é questionadora e insubordinada. Entende seu papel de submissão no passado, descortina o falso heroísmo de Odisseu e dá voz às escravas enforcadas na Odisseia, caso minimizado por Homero, denunciando sua injustiça, revelando que na visão masculina, eram sujas e mentirosas, mas, para Penélope, eram companheiras que a ajudaram. Esta Penélope simboliza a evolução feminina, tanto em papeis sociais quanto na figuração literária, pois de submissa, frágil e calada, torna-se insurreta, consciente de si, digna de protagonismo.Downloads
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