PAULO FREIRE E A LUTA POPULAR: ENTRE O DIÁLOGO E A VIOLÊNCIA REVOLUCIONÁRIA
DOI:
https://doi.org/10.48075/ri.v24i2.26628Palavras-chave:
Paulo Freire, diálogo, revolução.Resumo
Este ensaio tem como objetivo a sistematização e discussão das elaborações teóricas de Paulo Freire acerca da categoria dialogicidade. O diálogo, no interior da pedagogia Freireana, é alicerce fundamental para a efetivação da proposta pedagógica do educador pernambucano, fazendo com que seu estudo sistemático seja uma necessidade primária para o campo teórico Freireano e para aqueles educadores dispostos a colaborar com a transformação social. Em geral, há uma compreensão problemática acerca da lógica dialógica proposta por Freire, tanto no universo acadêmico como fora dele. Uma forma rasa que concebe o diálogo enquanto uma manifestação verbal observada nas relações entre sujeitos e que se alinha a um discurso pregador de uma suposta tolerância absoluta. Por vezes, não poucas, essa concepção rasa de diálogo estampa a figura de Paulo Freire em uma narrativa de não violência que, em profundidade, busca cessar e desmobilizar as organizações populares que se desenvolvem movimentadas por uma práxis revolucionária. Em sua obra Pedagogia do oprimido, Freire não tenta, de forma alguma, esconder a essência revolucionária de sua proposta pedagógica, salientando as relações entre sua categoria dialogicidade e a violência intrínseca dos processos de libertação das classes populares. Nessa proposta pedagógica, há uma descrição profunda acerca da impossibilidade da inauguração da violência no mundo pela ação libertadora daqueles que têm sua vocação ontológica de ser mais negada. Portanto, não há qualquer tipo de contradição na relação entre uma concepção dialógica de estar no e com o mundo e uma práxis revolucionária corajosa, honesta e amorosa.
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