Literatura como sistema: o caso da Literatura Guineense

Autores

  • Eugênio Nunes Correia Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.48075/ri.v25i2.30094

Palavras-chave:

Literatura guineense, Sistema literário, Tony Tcheka, Antonio Candido

Resumo

Antonio Candido, em sua emblemática teoria sobre a formação literária, condiciona a existência de uma literatura enquanto sistema a cinco fatores em interação dinâmica e dialógica, divididos em dois grupos. Os dois “denominadores internos” são uma língua comum e temas que expressem as aspirações e a identidade de uma coletividade. Os três “denominadores psicossociais” consistem em autores conscientes de seu papel, um público para as produções desses autores e uma linguagem literária que se concretiza em obras. Nesse trabalho, identifica-se que os denominadores internos são a língua portuguesa guineensizada e as temáticas perpassam a representação do guineense e da guineendade. Tony Tcheka então é tomado como um autor empenhado na representação do guineense e a sua identidade (ou seja, a guineendade) por meio da sua arte poética, um engajamento tal que lhe conferiu o título de maior nome da poesia guineense. A partir da articulação analítica, tendo como base a postulação de Candido, chega-se à conclusão de que a literatura guineense escrita é sim um sistema, porém não se materializa em apenas uma língua. Começou a ser construída a partir do advento da luta de libertação ou um pouco antes e foi consolidada com a publicação da coletânea  Mantenhas para quem Luta (1977).

 

Palavra-chave: Literatura guineense, Sistema literário, Tony Tcheka, Antonio Candido.

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Publicado

30-06-2023

Como Citar

NUNES CORREIA, E. Literatura como sistema: o caso da Literatura Guineense. Ideação, [S. l.], v. 25, n. 2, p. 107–122, 2023. DOI: 10.48075/ri.v25i2.30094. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/ideacao/article/view/30094. Acesso em: 28 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos