"Despediram-no porque não sabia falar." Luciano Bianciardi filósofo do trabalho

Autores

  • Angelo Nizza
  • Andréia Guerini

DOI:

https://doi.org/10.48075/ri.v26i1.32525

Palavras-chave:

Linguagem, Comunicação, praxis, poiesis, trabalho

Resumo

No centenário do nascimento do autor e sessenta anos após a publicação de La vita agra, é o momento de tomar Luciano Bianciardi como um filósofo do trabalho. Neste artigo pretendo apoiar tal afirmação. Pretendo opor-me a dois modelos sobre a nova natureza do trabalho: "a linguagem como trabalho", "o trabalho como linguagem". O primeiro modelo remonta a Ferruccio Rossi-Landi e tem o seu protótipo no artesão dos nomes do Crátilo de Platão. O segundo modelo pode ser deduzido de uma passagem filosoficamente significativa contida no romance mais importante de Bianciardi. Para além dos resultados ociosos e impolíticos da sua ficção e da sua vida, penso que o modelo de Bianciardi é o mais fiável para compreender o trabalho contemporâneo e para imaginar formas de luta e de fuga ao nosso descontentamento.

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Publicado

17-01-2024

Como Citar

NIZZA, A.; ANDRÉIA GUERINI. "Despediram-no porque não sabia falar." Luciano Bianciardi filósofo do trabalho . Ideação, [S. l.], v. 26, n. 1, p. 7–21, 2024. DOI: 10.48075/ri.v26i1.32525. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/ideacao/article/view/32525. Acesso em: 8 out. 2024.