O "eu" e o "outro" na obra de Moacyr Scliar: "A Majestade do Xingu"

Autores

  • Claudete C. de Abreu

DOI:

https://doi.org/10.48075/ri.v6i6.634

Resumo

Neste artigo, através de uma análise sociológica, observamos as relações de alteridade apresentadas no romance A Majestade do Xingu, de Moacyr Scliar, focando principalmente as relações estabelecidas através do personagem protagonista em relação aos seus outros, considerando sua condição de imigrante judeu russo. Destacamos os mecanismos utilizados pelo personagem em sua auto-identificação em relação ao ambiente que o cerca, no caso desta obra, o Brasil. Detectamos, também, reflexões sobre a identidade, questionando estereótipos de nacionalidade e etnia. A questão do eu em relação ao outro, a questão mesma da identidade do ser humano universal e as fronteiras de nacionalidade. O homem que se depara com o seu oposto e esse oposto é ao mesmo tempo o seu mesmo, seu contrário e seu ideal, reflexões possíveis, principalmente a um mundo pós-moderno. Nesta reflexão, observamos uma possível mudança de foco narrativo, estabelecida dentro da literatura brasileira, detectável historicamente, que permitiu uma abertura a diferentes visões de brasilidade, de nacionalidade. E a condição pós-moderna focada na individualidade que fragmenta e descentra.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

ABREU, C. C. de. O "eu" e o "outro" na obra de Moacyr Scliar: "A Majestade do Xingu". Ideação, [S. l.], v. 6, n. 6, p. p. 123–134, 2000. DOI: 10.48075/ri.v6i6.634. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/ideacao/article/view/634. Acesso em: 2 maio. 2024.

Edição

Seção

Ensaios