Rompendo Silêncios: Escreviver Performático Negro e Seus Mediares de Resistência

Autores

  • Izabela Fernandes de Souza UNIOESTE

DOI:

https://doi.org/10.5935/1981-4755.20220017

Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo versar sobre as práticas de resistências femininas negras, entendendo-as como aporte epistêmico que se apresentam como possibilidade analítica, como aporte crítico de luta, resistência e empoderamento coletivo. Nesse sentido, esta proposta tratará de entender as práticas femininas periféricas enegrecidas como reincidências ancestrais que, de acordo com Grada Kilomba (2008), confrontam os silêncios históricos para garantir seu direito de fala e especialmente para possibilitar que essa fala seja escutada. Busca-se nesta proposição analisar a performance Rompendo Silêncios (2017), realizada durante o ano de 2017 na Universidade Federal da Integração Latino-americana (UNILA), como uma experiência que questiona os silêncios históricos e coloca-se em conexão com saberes e lutas ancestrais. O corpo nesta perspectiva, por meio do fazer performático e como repertório (TAYLOR, 2013) ancestral, inscreve um modo de construir e questionar uma sistemática sociocultural que atua na manutenção de assimétricas relações raciais, de gênero, classe, territorialidade, entre outras. A partir dos estudos de bell hooks (1995) sobre intelectualidade feminina negra, esta aproximação questiona a relação desigual e interseccional (CRENSHAW, 2002) entre mulheres, e destaca mecanismos de luta e multiplicação de saberes, em que o corpo é protagonismo e gestante de miúdas porém potentes transformações.

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Publicado

21-06-2022

Como Citar

FERNANDES DE SOUZA, I. Rompendo Silêncios: Escreviver Performático Negro e Seus Mediares de Resistência. Línguas & Letras, [S. l.], v. 23, n. 54, 2022. DOI: 10.5935/1981-4755.20220017. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/29118. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Repertórios ancestrais, saberes e práticas contemporâneas