PRÁTICAS REPRODUTIVISTAS E TRANSFORMAÇÕES NAS ESCOLAS PÚBLICAS

Autores

  • Gilberto Barral

DOI:

https://doi.org/10.5935/rl&l.v6i11.884

Resumo

O objetivo deste artigo é considerar algumas perspectivas teóricas que analisam a educação enquanto espaço de produção, reprodução e transformação do conhecimento e das práticas educacionais no ensino público brasileiro. Os problemas sociais e sociológicos da educação podem ser melhor compreendidos se recuperarmos os propostas teóricas de Marx, Durkheim e Bourdieu. Se estes autores problematizam a educação como uma instituição de reprodução autoritária das normas, valores e práticas sociais da cultura dominante, no entanto, abrindo o debate descobre-se a possibilidade de transformações nos sistemas de ensino. Embora defina a educação pública como uma estrutura complexa que engloba desde os atores da escola, a comunidade e as instâncias governamentais, numa intricada trama que tende à homogeneização em um sistema de currículo único nacional, pode-se pensar também a escola em sua especificidade, enquanto espaço sócio-cultural singular onde transitam atores desejantes, interesses coletivos e particulares que podem superar o modelo de educação centralizadora do Estado. Ao considerar o sentido polissêmico da educação, sua face reprodutora e sua face transformadora salientam as contradições que abrem espaço para a inovação e superação da repetitividade dos modelos pedagógicos generalizantes. Assim olhar a escola como espaço sócio-cultural peculiar é pensar, dialeticamente, nas relações educacionais que ocorrem no interior das escolas, da comunidade onde ela esta inserida e sua relação mais ampla com a sociedade e os projetos didático-pedagógicos encaminhados pelas políticas públicas governamentais. Afirma-se que novas formas de sociabilidade educacional requerem novas práticas de intervenção e participação, pela comunidade escolar e pela sociedade civil nas políticas públicas, mas que podem ser teorizadas a partir dessas três perspectivas teóricas clássicas e caras ao pensamento sociológico.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

BARRAL, G. PRÁTICAS REPRODUTIVISTAS E TRANSFORMAÇÕES NAS ESCOLAS PÚBLICAS. Línguas & Letras, [S. l.], v. 6, n. 11, p. p. 251–266, 2000. DOI: 10.5935/rl&l.v6i11.884. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/884. Acesso em: 3 maio. 2024.

Edição

Seção

Estudos em Educação