“Aqui, todo mundo é andarilho”: o rompimento com a noção de unidade amazônica no romance maria de todos os rios, de Benedicto Monteiro
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v19i33.30704Resumo
Este estudo tem por objetivo analisar o rompimento com a noção de unidade amazônica presente em Maria de todos os rios (1992), romance de autoria do escritor paraense Benedicto Monteiro (1924-2008). Na obra em questão, a narradora Maria evidencia a complexidade da Amazônia, que perde o seu caráter de unidade tanto no que diz respeito às diversas culturas e identidades manifestadas neste território quanto às paisagens naturais que sofrem a ação do homem e se transformam em paisagens derruídas. Para tanto, a pesquisa dialogará, principalmente, com as contribuições dos estudos de Eidorfe Moreira (1958), Darcy Ribeiro (1975), Silvano Santiago (1978) e João de Jesus Paes Loureiro (2015), que auxiliam na compreensão de uma Amazônia não como um território uno, homogêneo, mas plural. Portanto, os resultados apontam que, para além de evidenciar a diversidade de indivíduos e identidades nos espaços amazônicos, Benedicto Monteiro situa-se no limiar do documental ao denunciar a transformação que a paisagem sofre com a chegada dos projetos de exploração e mineração nas “Amazônias”.
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