Inulina na Produção de Frangos de Corte
DOI:
https://doi.org/10.18188/sap.v11i3.6462Keywords:
Prebiótico, Inulina, AviculturaAbstract
Introdução
A produção de frangos de corte representa grande importância para a economia brasileira, sendo um potente gerador de emprego e renda. Nos últimos anos, tem apresentado avanços no aspecto produtivo, parte destes associados ao melhoramento genético e ao avanço do conhecimento nas áreas de manejo, de alimentação e de nutrição (ALBINO et al., 2007).
Desta maneira, a nutrição desempenha importante papel, que abrange desde a formulação de dietas que visam atender às exigências nutricionais, como busca pelo incremento no aproveitamento dos nutrientes presentes nos alimentos, em geral a base de milho e soja. Assim, o dinamismo da nutrição animal vem buscando novas estratégias para melhorar a digestibilidade dos alimentos e proporcionar condições que favoreçam a expressão do máximo potencial genético das aves, sem acréscimo ao custo de produção (ARAUJO et al. 2007).
Como os promotores de crescimento antimicrobianos (antibióticos e quimioterápicos) são produtos que apresentam eficácia comprovada sobre a produtividade e saúde animal desde a década de 1990 esses vêm sendo largamente utilizados nas criações comerciais de frangos de corte. No entanto, o uso destes promotores de crescimento, podem induzir a resistência cruzada por bactérias patogênicas, em virtude da presença de seus resíduos na carne, desta forma tem ocorrido pressão dos consumidores para banir esses produtos da alimentação animal (MENTEN, 2002), sendo assim a União Européia proibiu o uso de antibióticos como promotores de crescimento com vencimento em janeiro de 2006.
Aditivos alimentares são definidos como substâncias não nutritivas adicionadas intencionalmente aos alimentos para melhorar a eficiência destes. Podem interferir no metabolismo, proporcionam maior aceitabilidade pelos animais, conservam e modificam suas propriedades, desde que não prejudiquem seus valores nutritivos (OLIVEIRA et al., 2005; SOUZA et al., 2005). Ainda como substâncias ou micro-organismos que normalmente não se consomem como alimentos, interferem ou melhoram as características destes ou de produtos animais.
Neste contexto, com base em novos conceitos de segurança alimentar, produtos alternativos aos promotores de crescimento estão sendo pesquisados e desenvolvidos, visando o máximo desempenho e produção animal (MILTENBURG, 2000). Dentre estas alternativas, destacam-se os prebióticos que são ingredientes alimentares não digeríveis que beneficiam o hospedeiro por estimular seletivamente o crescimento e/ou a atividade de uma ou um número limitado de espécies bacterianas no cólon (GIBSON e ROBERFROID, 1995).
Dentre os prebióticos utilizados na alimentação de animais, encontramos a inulina. A inulina é um prebiótico extraído da raiz da chicória e é composta por oligofrutose. A ingestão de inulina tem como resultado um aumento significativo da Bifidobacteria benéfica no intestino. Ao mesmo tempo, a presença de bactérias indesejáveis é reduzida significativamente. Este prebiótico também tem um impacto positivo na absorção de minerais como cálcio, fósforo e magnésio (ROBERFROID, 2007a; 2007b).
A microbiota do trato gastrintestinal é dependente da dieta como principal fonte de substrato para o seu crescimento e metabolismo; dessa forma, o uso de prebiótico em rações para aves pode promover condições para uma microbiota benéfica e estável, auxiliando na digestão do alimento, absorção de nutrientes e inibindo a proliferação de microrganismos patogênicos, proporcionando melhor desempenho e saúde para os animais (STEFE et al., 2008).
Pesquisadores destacam ainda que prebióticos são produtos inovadores, naturais, estabilizantes da flora intestinal agindo como melhoradores da saúde animal; aumentam o aproveitamento das proteínas, aminoácidos e energia da dieta (FLEMMING e FREITAS, 2005).
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