SERTÕES CLÁSSICOS E SERTÕES HISTÓRICOS EM ELOMAR FIGUEIRA MELLO

Autores

  • Luiz Otávio Magalhães
Agências de fomento
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb)

Palavras-chave:

Música. Nordeste. Sertão.

Resumo

A produção lítero-musical de Elomar Figueira Mello é marcada pela onipresença da temática do sertão. A análise das letras das canções do álbum Na quadrada das águas perdidas, disco gravado por Elomar no ano de 1978, nos permite distinguir, em tais composições três sentidos, ou três “níveis” de sertão: um “sertão clássico” ou “ideal”, que se alicerça na convicção elomariana de existência, em um tempo pretérito indefinido, de um território interior habitado por pessoas que orientavam suas ações a partir de sentimentos de justiça, dignidade, honra, nobreza e coragem; um “sertão histórico-geográfico”, que se delineia a partir das referências feitas pelo compositor a topônimos e personagens – cantadores, tropeiros, catingueiros – da região do Sertão da Ressaca, na região sudoeste do estado da Bahia; e, por um último, um “sertão profundo” ou “sertão de dentro”, sertão da criação artística, sertão que se constrói pelo específico labor estético-poético do compositor. Este artigo busca focar, de forma mais detida, mediante análise da letra da canção Canto de guerreiro mongoió, as representações elomarianas do sertão histórico-geográfico em que o compositor se insere enquanto indivíduo e enquanto artista – o Sertão da Ressaca.

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Publicado

12-07-2016

Como Citar

MAGALHÃES, L. O. SERTÕES CLÁSSICOS E SERTÕES HISTÓRICOS EM ELOMAR FIGUEIRA MELLO. Línguas & Letras, [S. l.], v. 17, n. 36, 2016. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/13194. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários