ORDEM E DESORDEM: A DIALÉTICA DA MALANDRAGEM EM “OSCARINA”

Autores

  • Manoel Freire
  • Maria Clediane de Oliveira
Agências de fomento

Palavras-chave:

Marques Rebelo, narrativa, personagem, dialética da malandragem.

Resumo

Marques Rebelo adota como espaço privilegiado para ambientar suas narrativas as áreas suburbanas da cidade do Rio de Janeiro, escolhendo como protagonistas indivíduos que representam as classes menos favorecidas da sociedade. Estes personagens, dada a precariedade de sua condição, vivem em situação fronteiriça entre a ordem e a desordem, a oscilar entre esperança de e o desengano, ora vislumbrando a remota possibilidade de ascensão social, ora ameaçados pelo temor da miséria e da marginalidade. Ao fazer isso, o escritor põe em cena dois universos sociais diferentes convivendo lado a lado e pacificamente: o dos que procuram viver conforme os valores da ordem social burguesa e o daqueles que transgridem as leis e os princípios morais e vivem através de artifícios e expedientes ilegais. Este artigo analisa alguns aspectos do conto “Oscarina”, buscando compreender como os universos da ordem e da desordem, ou do trabalho e da malandragem, estão configurados na forma narrativa através da trajetória da personagem Jorge, protagonista da história. Procura demonstrar que as fronteiras entre os dois universos supostamente antagônicos acabam diluídas pelo movimento do protagonista, que transita entre os dois espaços, que se comunicam e interpenetram dialeticamente.

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Publicado

26-11-2014

Como Citar

FREIRE, M.; OLIVEIRA, M. C. de. ORDEM E DESORDEM: A DIALÉTICA DA MALANDRAGEM EM “OSCARINA”. Línguas & Letras, [S. l.], v. 15, n. 29, 2014. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/10770. Acesso em: 3 maio. 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários