Línguas Estrangeiras na Contracorrente da Política Linguística Educativa Nacional: O Ensino do Francês No Amapá

Autores

  • Kelly Cristina Nascimento Day Universidade do Estado do Amapá
Agências de fomento

Palavras-chave:

Ensino de línguas, francês, Política Linguística

Resumo

Este trabalho discute os efeitos dos novos direcionamentos da Política Linguística Educativa no Brasil, especialmente sobre o ensino de línguas estrangeiras no estado do Amapá, fronteira com a Guiana Francesa. Propõe-se nesse artigo uma avaliação da política linguística brasileira para o ensino de línguas estrangeiras (LE) a partir das leis que constituem e/ou constituíram o ordenamento jurídico para o ensino de LE nas últimas três décadas, a saber, a LDB 9394/96, a Lei 11.161/2005 e a Lei 13415/2017. Fundamentado em pesquisas de campo, de natureza qualitativa e descritiva (XXX, 2005, 2013 e 2016), o artigo inscreve sua discussão no campo das Políticas Linguísticas (GRIN, 2005; CALVET, 1996; BEACCO, 2004) e aponta os impactos das mudanças promovidas no ensino de LE no Brasil sobre a região fronteiriça e o surgimento de um movimento de resistência promovido pela sociedade civil em favor da manutenção do ensino da língua francesa na região da fronteira franco-brasileira.

Palavras-chaves: Ensino de línguas, francês, Política Linguística.

Biografia do Autor

Kelly Cristina Nascimento Day, Universidade do Estado do Amapá

Professora Adjunto do curso de Letras-Francês da Universidade do Estado do Amapá; Mestre em Estudos da Linguagem pela PUC-RJ; Doutorado em Linguística pela Universidade Federal Fluminense.

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Publicado

21-05-2019

Como Citar

DAY, K. C. N. Línguas Estrangeiras na Contracorrente da Política Linguística Educativa Nacional: O Ensino do Francês No Amapá. Línguas & Letras, [S. l.], v. 20, n. 46, 2019. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/21937. Acesso em: 8 out. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ: ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS NO CONTEXTO ATUAL: REFLEXÃO E RESISTÊNCIA