Língua de Sinais e Interações: O Que Dizem os Professores Surdos

Autores

  • Nadjanara Ana Basso Morás Escola Bilíngue para Surdos Lucas Silveira
  • Vanessa Lucena Camargo de Almeida Klaus Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Andreia Nakamura Bondezan Universidade Estadual do Oeste do Paraná https://orcid.org/0000-0003-3196-5940
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Palavras-chave:

Surdez. Língua de Sinais. Sociedade.

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi compreender a importância da língua de sinais na vida dos professores surdos da Cidade de Foz do Iguaçu-Pr. Participaram deste estudo cinco professores surdos que trabalham em uma Escola Bilíngue para Surdos. Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas com a utilização da Língua Brasileira de Sinais (Libras). As análises dos dados foram realizadas a partir de três categorias: a aprendizagem da Libras; a relevância da família; e a possibilidade de participação social. Como referencial teórico utilizamos a abordagem histórico-cultural que compreende a relevância da linguagem para o desenvolvimento humano, tendo por estudiosos da educação do surdo Ferreira – Brito (1990), Karnopp (1994; 1999), Quadros (1997; 2017) e outros. Concluímos que a Libras deve ser a primeira língua das crianças surdas para o desenvolvimento e constituição do seu ser em sociedade, portanto, é imprescindível a aprendizagem dessa língua. Ainda, averiguamos que para uma boa apropriação da Libras, sem demasiados problemas no domínio da gramática, é preciso que a aprendizagem dessa língua não ocorra após os cinco anos de idade.

Biografia do Autor

Nadjanara Ana Basso Morás, Escola Bilíngue para Surdos Lucas Silveira

Mestre em Ensino pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) e professora na Escola Bilíngue para Surdos Lucas Silveira/APASFI.

Vanessa Lucena Camargo de Almeida Klaus, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Mestre em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e professora da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), campus de Foz do Iguaçu-PR.

Andreia Nakamura Bondezan, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e professora da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), campus de Foz do Iguaçu-PR. Professora do Programa de Pós-graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras, nível Mestrado e Doutorado. 

Referências

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Publicado

29-01-2020

Como Citar

MORÁS, N. A. B.; KLAUS, V. L. C. de A.; BONDEZAN, A. N. Língua de Sinais e Interações: O Que Dizem os Professores Surdos. Línguas & Letras, [S. l.], v. 20, n. 48, 2020. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/23650. Acesso em: 1 maio. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ: LÍNGUAS DE SINAIS – CONQUISTAS E DESAFIOS