Silêncios de resistência em As Confrarias e Pedreira das Almas, de Jorge Andrade
Resumo
Este estudo parte da premissa de que não há silêncios sem sentidos e de que os silêncios revelam os limites discursivos e tensões entre as formas de opressão e resistência. Dentre as peças que compõem a obra Marta, a árvore e o relógio, de Jorge Andrade, elegem-se como corpus desta reflexão as peças As Confrarias e Pedreira das Almas. Visando, de modo geral, identificar e analisar construções de silêncio como formas de resistência, busca-se, especificamente, examinar como a recusa e os discursos acusatórios constroem sentidos e ambiguidades que desafiam os discursos opressivos. Este estudo justifica-se, em primeiro lugar, pela incipiência dos estudos relativos ao silêncio no teatro. Ademais pela relevância do tema da utilidade da morte como forma de libertação dos povos e pelas ocorrências de silêncio, provenientes dos discursos, dos corpos e da morte. As análises têm como referencial teórico – para compreender as formas do silêncio e as peças – os estudos de Eni P. Orlandi (2007), David Le Breton (1999), Luzia A. B. Tofalini (2020), Anatol Rosenfeld (1970), Catarina Sant’Anna (2012) e Elizabeth Azevedo (2014). Espera-se, além do aprofundamento de conhecimentos do tema do silêncio especialmente no teatro, produzir material para possíveis pesquisadores e, ainda, contribuir com a fortuna crítica do autor.
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