A Urgência de 1968 nos Estilhaços Estéticos da I Feira Paulita de Opinião: Espaço de Criação Coletiva e de Desobediência Estética e Civil

Autores

  • Cláudia Bellanda Pegini
  • Alexandre Villibor Flory

Resumo

O presente artigo tem o objetivo de apresentar, a partir de um recorte ilustrativo, a tese intitulada A urgência de 1968 nos estilhaços estéticos da I Feira Paulista de Opinião: espaço de criação coletiva e de desobediência estética e civil. Divulgar uma produção acadêmica que explora os Estudos Literários e Teatrais de um espetáculo socialmente interessado, cuja dramaturgia só foi publicada em 2016, é um exercício resistente frente aos perigos da invisibilidade forçada de eventos articuladores no campo cultural brasileiro. A I Feira Paulista de Opinião, dirigida por Augusto Boal, e suas interlocuções manifestam-se enquanto criação coletiva produzida pelo Teatro de Arena de São Paulo em um momento de intensa censura às artes. Trata-se de um movimento de agremiação voluntária de artistas de diferentes perspectivas estéticas, os quais articulam suas obras para desobedecer aos limites cerceadores dos direitos civis e da liberdade criativa, o que se dá a partir da intersecção formal de linguagens artísticas que foram estudadas na tese tendo como base o materialismo histórico dialético. Considerando o percurso de análise empreendido, verifica-se que a diversidade de olhares existente na Feira, bem como sua proposta de ação diante da urgência do contexto, a cena e o acúmulo crítico existente no período, além de um diálogo aberto que alicerça tal projeto, precipitam uma forma artística madura e atuante que toca o chão da história, deixando nela uma marca aberta a novos estudos.

Palavras-chave: I Feira Paulista de Opinião; Augusto Boal. Teatro de Arena; Teatro brasileiro.

 

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Publicado

27-09-2024

Como Citar

BELLANDA PEGINI, C.; VILLIBOR FLORY, A. A Urgência de 1968 nos Estilhaços Estéticos da I Feira Paulita de Opinião: Espaço de Criação Coletiva e de Desobediência Estética e Civil. Línguas & Letras, [S. l.], v. 24, n. 57, p. 10.5935/1981–4755.20230022, 2024. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/34200. Acesso em: 11 out. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Teatro e Dramaturgia: Corpo, palavra e resistência