Teatralidade Cidadã: Dramaturgia de Jorge Dubatti
Resumo
O teatro periférico surge como uma necessidade de resistência política, composta por membros de uma comunidade e feito para a comunidade. Ou seja, coletivos compostos por pessoas de um mesmo contexto, comunidade e/ou grupo social, que por meio da arte, mais especificamente, da dramaturgia, encontraram uma forma de manifestar e reivindicar suas necessidades comuns e urgentes. Através dos coletivos puderam angariar forças, teorias, práticas e vozes, para reivindicar uma cidadania aplastada pela urgência da urbe. Movidos principalmente pela necessidade de conscientização crítica e transformações do cenário social, consolidando-se, além de um grupo artístico, o coletivo teatral, ERRO grupo, de Santa Catarina - Brasil, atuante a mais de duas décadas, na cena nacional e internacional, ampliando sua influência alomórfica e consolidando-se como uma das vertentes da arte de intervenção urbana mais conhecidas no eixo independente. Evidenciando a pluralidade da atuação transformadora do grupo, este trabalho reuniu os preceitos do dramaturgo brasileiro, Augusto Boal (1998, 2012, 2017), sobre o Teatro do Oprimido e o Teatro Fórum, e as contribuições do teórico argentino, Jorge Dubatti (2008, 2012), sobre a vivência do teatro como acontecimento, para apresentar as atividades promovidas pelo evidenciado coletivo, por meio da dramaturgia, para estender e promover a cidadania entre os membros da comunidade em que atua. Sendo assim, este estudo tem como objetivo condicionar contribuições para compreender, como o evidenciado coletivo, atua por uma teatralidade cidadã.
Palavras-chave: teatro; coletivo teatral; ERRO grupo; Augusto Boal; Jorge Dubatti.
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