Literatura e História em Cabo de Guerra de Ivone Benedetti
Resumo
Como o romance Cabo de Guerra (2016) de Ivone Benedetti se relaciona com a história dos anos de chumbo? É o que artigo pretende fazer indagar a partir de uma abordagem da memória de um agente duplo, cujo protagonismo é a traição de companheiros e o auxílio à ditadura em sua repressão e tortura, em um percurso temporal da década de 1960 ao ano de 2009. Entre lembranças familiares e o trauma de ver o pai morto, até a vinda a São Paulo, sua vida é guiada por escolhas entre uma militância de combate à ditadura e uma subserviência ao regime, vinculando-se ao próprio título da obra. Os anos de chumbo da ditadura militar no Brasil, entre 1968 à 1974 é o cenário e a narrativa vai revelando fatos e pessoas que foram referências históricas, construindo uma relação de diálogo com a própria História, destacando aproximações e distanciamentos na composição desses relatos, para tanto apresenta algumas reflexões sobre o romance brasileiro contemporâneo e a partir de uma articulação entre literatura e história, no diálogo entre pensadores tais como Mikhail Bakhtin (2010); Sandra Jatahy Pesavento (2000); Beatriz Resende (2008) e Giorgio Agamben (2009), entre outros. Concluindo, ao admitir que o papel da literatura, quando visa ultrapassar o de mera fonte documental para o estudo da história, pretende justificar-se, especialmente, no contexto entre o passado e o presente como forma de criar o pacto com o leitor.
Palavras-chave: Literatura Contemporânea; História; Memória; Cabo de Guerra (2016).
Como o romance Cabo de Guerra (2016) de Ivone Benedetti se relaciona com a história dos anos de chumbo? É o que artigo pretende fazer indagar a partir de uma abordagem da memória de um agente duplo, cujo protagonismo é a traição de companheiros e o auxílio à ditadura em sua repressão e tortura, em um percurso temporal da década de 1960 ao ano de 2009. Entre lembranças familiares e o trauma de ver o pai morto, até a vinda a São Paulo, sua vida é guiada por escolhas entre uma militância de combate à ditadura e uma subserviência ao regime, vinculando-se ao próprio título da obra. Os anos de chumbo da ditadura militar no Brasil, entre 1968 à 1974 é o cenário e a narrativa vai revelando fatos e pessoas que foram referências históricas, construindo uma relação de diálogo com a própria História, destacando aproximações e distanciamentos na composição desses relatos, para tanto apresenta algumas reflexões sobre o romance brasileiro contemporâneo e a partir de uma articulação entre literatura e história, no diálogo entre pensadores tais como Mikhail Bakhtin (2010); Sandra Jatahy Pesavento (2000); Beatriz Resende (2008) e Giorgio Agamben (2009), entre outros. Concluindo, ao admitir que o papel da literatura, quando visa ultrapassar o de mera fonte documental para o estudo da história, pretende justificar-se, especialmente, no contexto entre o passado e o presente como forma de criar o pacto com o leitor.
Palavras-chave: Literatura Contemporânea; História; Memória; Cabo de Guerra (2016).
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