Algaravia: outros fios, outras vozes
Penélope de Mônica de Aquino e Jussara Salazar
DOI:
https://doi.org/10.5935/1981-4755.20230046Resumo
O artigo analisa os poemas “O mapa que percorro” e “[Tece tua lavoura de pontos]”, das poetas Mônica de Aquino e Jussara Salazar, respectivamente. Primeiramente, descrevem-se a obra Linha, labirinto (1996), de primeira autora, e especialmente a seção “Algaravia: outros fios, outras vozes”, na qual os poemas a serem analisados se encontram. Em seguida, analisa-se o primeiro poema, à luz da figurativização do mito de Penélope, considerando-se aspectos poético-formais, semânticos e estilísticos. Na sequência, é analisado o segundo poema, considerando-se a metáfora do tecer como um dos elementos que aludem à mesma personagem da Ilíada, bem como alguns componentes simbólicos. Nessa breve incursão sobre a recuperação da imagem de Penélope na obra em foco, conclui-se que as poetas lançam mão de uma tendência reconhecível na poesia contemporânea denominada “gênio não original” (Perloff, 2013), além da prática de citação (Compagnon, 1996). A proposta baseia-se também no arquétipo das fiandeiras (Liborel, 1997), na concepção de poesia de Paz (1982) e na noção de escrever de Blanchot (2011), entre outros aspectos. Com isso, intenta-se uma contribuição para o estudo da poesia de autoria feminina contemporânea brasileira, especialmente, acerca da obra de Mônica de Aquino e Jussara Salazar.
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