Rachel de Queiroz e a emancipação feminina em “Dôra, Doralina”

Dor e liberdade

Autores

  • Luciane Watthier Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).
  • Murilo Vieira Santos Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).

DOI:

https://doi.org/10.5935/1981-4755.20230054

Resumo

Na literatura ibero-americana, destaca-se, entre outros importantes nomes, uma mulher que atuou como jornalista, tradutora, cronista prolífica e dramaturga brasileira: Rachel de Queiroz. Entre suas publicações, “Dôra, Doralina”, um romance publicado no ano de 1975, representa a luta pela emancipação feminina, narrando como a personagem principal tenta transita da condição de mulher submissa para tentar conquistar a liberdade de ser o que deseja, enfrentando a dor necessária para que isso seja possível, amadurecendo e buscando sua identidade. Nesse sentido, o presente artigo busca analisar as construções de sentido a respeito dos temas “dor” e “liberdade” presente na referida obra. Para isso, pauta-se na análise discursiva da obra, além de trechos de uma entrevista dada pela autora ao programa Roda Viva, em 1991, quando ela discorreu sobre alguns dos temas presentes no livro. Outra importante referência deste artigo é Cristina Ferreira Pinto (1990). Entretando, também nos pautamos em autores como Antonio Candido (1972), Bakhtin (1997 [1979]), Alfredo Bosi (1994), entre outros. A análise conclui que a “dor” é um dos principais elementos e sentimentos trabalhados na obra, e que a sua construção se dá para a reafirmação de que ele seria um elemento constante e contínuo da vida, que acompanha a todo momento, sobretudo, o feminino. Além disso, o artigo conclui que, na obra, o conceito de liberdade não é, de fato, alcançado pela protagonista.

Biografia do Autor

Luciane Watthier, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).

Professora Adjunta da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), atuando no Curso de Graduação em Letras. Professora da Rede Estadual de ensino do Paraná, das disciplinas de Língua Portuguesa e Língua Espanhola. Doutora em Letras pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) (2016). Mestre em Letras, com concentração em Linguagem e Sociedade, pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) (2010). Graduada em Letras Português/Espanhol pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).

Murilo Vieira Santos, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).

Graduando do Curso de Letras, Português e Inglês, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Brasil.

Downloads

Publicado

16-12-2024

Como Citar

WATTHIER, L.; VIEIRA SANTOS, M. Rachel de Queiroz e a emancipação feminina em “Dôra, Doralina”: Dor e liberdade . Línguas & Letras, [S. l.], v. 25, n. 59, 2024. DOI: 10.5935/1981-4755.20230054. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/34575. Acesso em: 25 mar. 2025.

Edição

Seção

ESCRITORAS IBERO-AMERICANAS: IDENTIDADES E MEMÓRIAS