MODALIZADORES EPISTÊMICOS: UMA INVESTIGAÇÃO FUNCIONALISTA

Autores

  • Márcia de Freitas Santos

DOI:

https://doi.org/10.5935/rl&l.v8i14.911

Resumo

Este artigo analisa a expressão da modalidade sob a perspectiva da Gramática Funcional. Esta teoria está assentada sobre os pressupostos da competência comunicativa dos indivíduos que além de codificarem e decodificarem as expressões lingüísticas usam e interpretam-nas de uma maneira interacionalmente satisfatória. Por meio da modalidade epistêmica, o enunciador expressa com maior ou menor grau de adesão seu ponto de vista em relação à verdade do conteúdo proposicional. A modalidade assume a função de direcionar para o interlocutor o ponto de vista do locutor. Este pode, por exemplo, marcar seu discurso como incontestável ou duvidoso, depende da expressão modalizadora utilizada e do nível da camada do enunciado em que a expressão está. Em uma investigação de base funcionalista a modalização epistêmica pode atuar nas diferentes camadas de constituição da frase (HENGEVELD, 1989). No nível da predicação o falante descreve para o ouvinte o estado de coisas sem manifestar a sua posição, já no nível da proposição, ao qualificar epistemicamente seu enunciado, o falante não somente avalia como certo ou possível, mas também se posiciona, ou seja, expressa seu ponto de vista. Para a realização desta análise utilizamos como corpus o texto, A Lição de Willie Sutton ao PT, de autoria do colunista José Alexandre Scheinkman, veiculado no jornal Folha de São Paulo em 24/09/2006. Por meio da organização lingüística do texto, temos como pressuposto e posteriormente concluímos que o locutor utiliza-se da modalidade subjetiva e evidencial para dar sustentação e credibilidade a seus argumentos, uma vez que essas marcas veiculadoras de modalização representam o comprometimento pessoal do falante em relação à verdade da proposição.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

SANTOS, M. de F. MODALIZADORES EPISTÊMICOS: UMA INVESTIGAÇÃO FUNCIONALISTA. Línguas & Letras, [S. l.], v. 8, n. 14, p. p. 179–192, 2000. DOI: 10.5935/rl&l.v8i14.911. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/911. Acesso em: 5 maio. 2024.

Edição

Seção

Estudos Linguísticos