Em busca de uma pedagogia culturalmente sensível
uma alternativa ao combate ao preconceito linguístico em contexto fronteiriço
DOI:
https://doi.org/10.48075/ri.v25i1.30174Palavras-chave:
Alunos brasiguaios, preconceito linguístico, escolaResumo
Na região da Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina), é muito comum a presença de alunos brasiguaios nas escolas brasileiras, sobretudo, em Foz do Iguaçu (PR). Devido à visão de homogeneização linguística do português, adotada pela escola brasileira, esses passam a ser estigmatizados socialmente. Diante dessa realidade, este texto tem por objetivo discutir teoricamente como o preconceito linguístico direcionado aos alunos brasiguaios se constitui um fenômeno ideológico e como é possível superar tais práticas segregadoras. Este estudo tem abordagem qualitativa, inserido no âmbito da Linguística aplicada, e recorreu à pesquisa bibliográfica. Os resultados revelam que o preconceito linguístico vivenciado pelos brasiguaios é ideológico, marcado por visões de mundo e ideologias estereotipadas, as quais impactam de maneiras consideráveis esses sujeitos que já vivem outras situações desiguais, como as socioeconômicas. Trata-se de prática segregacionista que prega a incompetência dos falantes provenientes das camadas populares, sendo, portanto, um mecanismo de ideologia linguística, que postula hierarquia linguística/social. Nas escolas de fronteira, esse quadro é agravado, sobretudo, pela falta de práticas pedagógicas que sejam sensíveis à heterogeneidade linguística que compõe as salas de aulas. Nesse sentido, a Sociolinguística Educacional, a partir de uma visão da Pedagogia Culturalmente Sensível, torna-se um caminho profícuo para o trabalho com a Língua Portuguesa, haja vista que é uma abordagem que rompe com o ensino exclusivo de regras gramaticais, promovendo o uso de recursos linguísticos/comunicativos e ampliando o desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos por meio da valorização dos saberes acumulados culturalmente.
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