Um Narrador “Quase” Oral

Autores

  • Adriane Cherpinski Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Evely Vânia Libanori Universidade Estadual de Maringá
Agências de fomento

Palavras-chave:

Narrador. Tradição oral.

Resumo

O propósito deste artigo é identificar marcas do narrador de tradição oral na obra literária Quase de verdade, de Clarice Lispector, destinada ao público infanto-juvenil. Como âncora teórica, deteve-se, especificamente, no narrador da tradição oral defendido por Walter Benjamin (1994), e que se encontra na iminência de desaparecer. Observou-se que o cão Ulisses, narrador da produção literária clariceana, selecionada para este estudo, apresenta diversas características da oralidade, culminando assim em evidente dialogismo com as especificidades do narrador benjaminiano.

Biografia do Autor

Adriane Cherpinski, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Doutoranda em Letras (UEM). Mestre em Letras na área de concentração em Interfaces entre Língua e Literatura, pela Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (UNICENTRO) ? (2013). Graduada em Letras Português e suas Literaturas (2006) pela UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro Oeste, pós graduada em Literatura e Contemporaneidade (2008) e em Gestão Escolar (2011) também pela UNICENTRO. É docente efetiva em Língua Portuguesa na Educação Básica. Dedica-se aos estudos da ecocrítica, especialmente no campo da literatura brasileira, com ênfase em Clarice Lispector.

Evely Vânia Libanori, Universidade Estadual de Maringá

Professora do Departamento de Teorias Linguísticas e Literárias da Universidade Estadual de Maringá desde 1997. Fiz mestrado e doutorado na UNESP/Assis. Em agosto de 2018 conclui o estágio de Pós-Doutoramento em Crítica Cultural, na UEL/PR. Desenvolvi a pesquisa "Ética e Poética Animal em Clarice Lispector". Na Graduação trabalho Literatura Brasileira - Narrativa, e Práticas Metodológicas em Educação Literária. Na Pós-Graduação trabalho com romances latino-americanos e com o referencial teórico referente ao Existencialismo, Ecocrítica, Identidade humana e animal, Ética Animal. Estou à frente do GAIA (Grupo de Atividades Interdisciplinares sobre os Animais), grupo de pesquisa cadastrado no CNPq e que estuda libertação animal, ética animal, veganismo. Sou coordenadora adjunta do Programa de Pós-graduação em Letras (PLE) desde setembro de 2012 até o presente momento. Oriento pesquisas na Graduação e na Pós-Graduação relacionadas a esses campos de estudo/conhecimento: Representação de Identidades na Literatura, Ética Animal, Poética Animal, Representação Animal na Literatura, Clarice Lispector, Existencialismo. Em maio de 2014, lancei o livro de crônicas abolicionistas animalistas Nós, Animais.

Referências

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Publicado

09-09-2019

Como Citar

CHERPINSKI, A.; LIBANORI, E. V. Um Narrador “Quase” Oral. Línguas & Letras, [S. l.], v. 20, n. 47, 2019. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/22337. Acesso em: 30 abr. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ: LITERATURA INFANTIL: DIÁLOGOS E INTERFACES